Oficialmente, as duas companhias não confirmam, mas a equipe do Canal Rural entrou em contato com as assessorias. Por enquanto, está mantida a posição divulgada no começo deste mês. A Bertin S.A. garante que não está negociando uma fusão.
Já a Marfrig não fala especificamente em acordo, mas admite conversas com o Bertin e outros agentes do mercado para identificar o que chama de potenciais oportunidades de negócio.
Caso uma fusão entre Marfrig e Bertin se concretize, nascerá uma empresa com faturamento bruto anual de R$ 14 bilhões.
O BNDES também estaria interessado no negócio, assim como já atuou na formação de outros grandes conglomerados, como no caso da fusão entre Votorantim Celulose e Papel e a Aracruz.
Mas essa união aumenta o debate sobre uma maior concentração no mercado. A Marfrig tem abatedouros de frango na Inglaterra, domina a exportação de ovinos no Uruguai e a distribuição de carne no Chile. No Brasil, a empresa é responsável por 70% do fornecimento de carne para as churrascarias dos grandes centros.
A Bertin se mantém no ramo de frigoríficos e, nos últimos quatro anos, direcionou a expansão de suas novas plantas para a região da Amazônia. A empresa passou a atuar com força também na venda de couro, e possui curtumes no Brasil, na China e na Uruguai. A empresa ainda controla a principal indústria italiana de embutidos.