O principal problema do zoneamento, na opinião dos ruralistas, é a proibição do plantio de cana na bacia do Alto Paraguai, o que impede investimentos nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A bancada ruralista está com uma lista de emendas pronta para questionar o projeto encaminhado pelo governo ao Congresso, na última semana.
? Não há motivo para restringir a produção de cana nessas áreas. A Embrapa aprova tudo que é agricultura lá, a cana é mais ou menos degradante do meio ambiente que outra cultura. Ao contrário, a cana seqüestra muito mais carbono que o cerrado que está lá ? avalia o senador Gilberto Goellner (DEM-MT).
Outra reclamação da bancada ruralista é a determinação para que as lavouras de cana optem por áreas que não precisem de irrigação. Para o governo, o projeto é resultado de consenso entre governos estaduais e produtores e representa uma ferramenta estratégica na conquista de novos mercados.
? Esse zoneamento é um selo verde para o nosso etanol. E nós colocamos a frente de qualquer outro interesse, de interesses ainda que legítimos desse ou daquele estado, desse ou daquele setor econômico, o interesse do país. Os interesses associados à meta de até 2017 duplicar a produção de etanol, mas ao mesmo tempo preservando o meio ambiente e garantindo a segurança alimentar ? completa Goellner.