A forte queda dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago fez os preços da soja desabarem nesta sexta-feira (1) no mercado físico brasileiro. Nem mesmo a boa alta do dólar frente ao real conseguiu limitar o impacto negativo vindo do exterior. Com a queda, os negociadores saíram do mercado, resultando em um dia sem comercializações.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos baixou de R$ 193,00 para R$ 188,00
– Região das Missões: a cotação caiu de R$ 191,00 para R$ 186,50
– Porto de Rio Grande: o preço baixou de R$ 197,50 para R$ 193,50
– Cascavel (PR): o preço despencou de R$ 190,00 para R$ 186,00 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca baixou de R$ 196,50 para R$ 192,50
– Rondonópolis (MT): a saca desabou de R$ 177,00 para R$ 172,00
– Dourados (MS): a cotação recuou de R$ 178,00 para R$ 177,00
– Rio Verde (GO): a saca passou de R$ 176,00 para R$ 172,50
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em forte baixa, empurrando o resultado da semana também para o território negativo.
Em meio ao final de semana prolongado – segunda é feriado nos Estados Unidos, Dia da Independência -, o temor em torno de uma recessão global impactou as commodities e a soja sentiu.
A inflação galopante, o aperto monetário e a valorização do dólar trazem dias preocupações: uma queda na demanda por commodities e a perda de competitividade da soja americana. Com o longo período sem sessão, os players procuraram posicionar as carteiras, movimento que jogou os contratos para patamares próximos às mínimas do dia.
A queda de hoje também colocou por água abaixo os ganhos acumulados até quinta. O contrato novembro fechou o período com desvalorização superior a 2%.
Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 50,75 centavos de dólar por bushel ou 3,25% a US$ 15,09 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,95 1/4 por bushel, com perda de 62,75 centavos ou 4,3%.
Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com baixa de US$ 13,40 ou 3,07% a US$ 422,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 64,43 centavos de dólar, com baixa de 2,58 centavos ou 3,85%.
Câmbio
O dólar comercial fechou cotado a R$ 5,3230, com alta de 1,72%. A moeda norte-americana foi impulsionada pela forte aversão global ao risco e o cenário doméstico de descontrole fiscal, com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do estado de emergência. Na semana, a moeda teve valorização de 1,35%.