A comercialização da safra 2021/22 de soja do Brasil envolve 56,6% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 11 de abril. No levantamento anterior, de 4 de março, o número era de 48,5%.
Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 67,4% e a média de cinco anos para o período é de 57,4%. Levando-se em conta uma safra estimada em 125,08 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 70,74 milhões de toneladas.
As vendas antecipadas da safra 2022/23 também avançaram no período. Considerando uma temporada hipotética – o potencial inicial do atual ciclo, sem levar em conta a quebra pela estiagem – de 144,7 milhões de toneladas, Safras estima uma comercialização antecipada de 9,8%, envolvendo 14,14 milhões de toneladas. Em igual período do ano passado, os negócios antecipados estavam em 14%.
Relatório USDA
O relatório de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou safra mundial de soja em 2021/22 de 350,72 milhões de toneladas, contra 353,8 milhões em março. Os estoques finais estão estimados em 89,58 milhões de toneladas, sendo que o mercado esperava por 88,4 milhões de toneladas. Em março, o USDA indicou estoques de 89,96 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 120,71 milhões de toneladas, mantendo a previsão anterior. Para o Brasil, a previsão foi cortada de 127 milhões para 125 milhões de toneladas. A safra da Argentina está estimada em 43,5 milhões de toneladas, sem alterações em relação ao relatório anterior. O mercado esperava por produções de 125 milhões e 42,3 milhões, respectivamente.
As importações chinesas foram cortadas de 94 milhões para 91 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,215 bilhões de bushels e exportação de 2,115 bilhões. No mês anterior, as estimativas eram de 2,215 bilhões e 2,090 bilhões respectivamente.