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Soja Brasil

Saiba o que pode mexer com o mercado de soja na próxima semana

Clima nos Estados Unidos e demanda chinesa centralizam atenções; confira a análise da consultoria Safras & Mercado

As atenções do mercado da soja permanecem voltadas para o clima sobre o cinturão produtor norte-americano para o desenvolvimento da nova safra. Além disso, o mercado também fica atento à questão envolvendo uma possível mudança nos mandatos de biocombustíveis nos Estados Unidos e aos movimentos da demanda chinesa no mercado internacional.

O dólar fecha o quadro de fatores que podem mexer com o mercado de soja na próxima semana, com o mercado financeiro de olho nos futuros movimentos do Federal Reserve (o Fed, como é conhecido o banco central dos EUA).

Acompanhe a seguir os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem. As dicas são do analista da consultoria Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez Roque.

  • Os mapas de previsão do tempo começam a apontar para uma melhora climática razoável na maior parte do cinturão produtor norte-americano nos próximos 14 dias, com as maiores precipitações e temperaturas mais amenas sendo esperadas
  • Por si só, tal quadro deve trazer um melhor ambiente para o desenvolvimento das lavouras da nova safra o que é fator negativo para Chicago
  • É importante destacar a tendência de o Departamento de Agricultura (USDA) elevar a área de soja em seu relatório do dia 30 de junho, fato que também já pesa sobre o mercado
  • Apesar disso, a nova safra norte-americana registra o pior início de desenvolvimento, com relação aos índices de condições das lavouras, desde 2012, ano em que uma grande quebra produtiva foi registrada. Tal fato liga um alerta e traz dúvidas sobre o potencial de recuperação das lavouras de estados que sofrem com uma baixa umidade nos solos, como as Dakotas. De qualquer forma, ainda é cedo para quaisquer definições. A safra norte-americana está totalmente aberta
  • Os movimentos da demanda chinesa voltaram a chamar a atenção nos últimos dias diante da possibilidade de haver uma intervenção, por parte do governo da China, nos preços das commodities amplamente importadas pelo país devido aos altos preços que têm apertado as margens de empresas locais. O governo sinalizou que pode atuar tanto na liberação de estoques estatais quanto no controle de operações em bolsas de commodities por parte de empresas chinesas. Tal ameaça desencadeou uma forte liquidação de posições compradas nas principais commodities mundiais, incluindo a soja. A partir de agora, é muito importante acompanhar novidades com relação a este tema
  • Nos EUA, chama a atenção a possibilidade de o governo Biden trazer mudanças aos mandatos de biocombustíveis, reduzindo a mistura obrigatória de etanol e biodiesel em combustíveis fósseis. Entendemos ser baixa a probabilidade de isso acontecer devido ao viés mais “ambientalista” do partido Democrata, mas surpresas podem ocorrer, o que pode ser um fator negativo para Chicago.

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