Soja Brasil

Saiba quando a chuva aumenta e reduz nos estados produtores de soja

No Paraná e em Mato Grosso do Sul, excesso de umidade tem atrapalhado a colheita do grão, que está bastante atrasada em relação a 2022

O excesso de chuva no Paraná e em Mato Grosso do Sul continua atrapalhando a entrada das máquinas em campo. Para se ter ideia, a colheita da soja estava em 32% nas lavouras paranaenses em 2022 e, nesta temporada – até o dia 24 de fevereiro – segue em apenas 19%. 

Já no sul mato-grossense o atraso é ainda maior: 50% em igual período do ano passado e somente 13% agora. Os dados partem da consultoria Safras & Mercado, parceira do Projeto Soja Brasil.

Essa vagarosidade nos trabalhos em campo também aperta a janela para a instalação do milho segunda-safra. Tal cenário de instabilidade permanece nos próximos dias. Isso porque entre a próxima terça-feira (28) e sábado (4), os volumes de precipitação atingem 130 mm no leste de Santa Catarina e de São Paulo. No Paraná esse mesmo acumulado pode atingir o norte do estado, enquanto nas demais áreas a umidade também é significativa, girando em torno dos 100 mm.

Outro grande problema é que Santa Catarina e Paraná receberão chuva acompanhada de rajadas de vento de 50 km/h a 80 km/h e até mesmo queda de granizo. Contudo, em Mato Grosso, Goiás e interior do Matopiba, as pancadas são mais escassaz. Entretanto, no extremo norte do Nordeste, Pará e norte de Rondônia as precipitações tendem a vir com mais intensidade.

Chuva na primeira quinzena de março

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Foto: Freepik

Avançando mais no tempo, entre 5 e 9 de março, há significativa redução na chuva entre Paraná e Mato Grosso do Sul. Mesmo assim, o tempo não firma totalmente. A expectativa é de 30 mm entre esses dias. Os maiores volumes ficarão concentrados no extremo norte do país.

Já no período que vai de 10 a 14 de março, áreas do Matopiba é que devem receber as maiores concentrações de chuva, com cerca de 70 mm. A intensidade na faixa norte do país faz com que os acumulados reduzam no centro-sul. Assim, no final da primeira quinzena de março, a colheita de soja tende a pegar ritmo. Isso porque o tempo aberto nos maiores estados produtores beneficia a entrada das máquinas na lavoura.