A exemplo do que o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR) já faz no Paraná, ou seja, disponibiliza o coletor de esporos da ferrugem asiática para os produtores de soja e divulga em sua plataforma onde já há chance de a doença aparecer, a Epagri lançou a sua em Santa Catarina. A ideia é a mesma: através dos resultados dos coletores, o site de monitoramento divulga os resultados e os produtores podem iniciar o controle no momento certo, economizando produtos e dinheiro.
Além dos coletores de esporos, a plataforma da Epagri monitora a favorabilidade da ferrugem da soja baseada também juntando informações das condições da temperatura e umidade relativa do ar e da duração do molhamento foliar.
“A união das duas informações dá mais segurança aos produtores e pode levar ao manejo mais eficiente da doença, com a utilização mais equilibrada dos defensivos”, avalia o pesquisador da Epagri/Ciram Wilian da Silva Ricce.
As informações de favorabilidade climática da doença são originadas a partir de cálculos feitos com os dados das estações meteorológicas. A elas são adicionadas informações da coleta de esporos da ferrugem asiática realizada no campo.
Segundo o extensionista da regional da Epagri em Canoinhas, Donato João Noernberg, a ação é desenvolvida para que a aplicação de fungicida ocorra quando realmente for necessária e não de maneira calendarizada e preventiva como vem acontecendo, fazendo que muitos agricultores apliquem cinco ou até seis vezes o fungicida durante o ciclo da cultura.
Todas as informações coletadas são atualizadas diariamente e estão disponíveis na plataforma Agroconnect, que é sistema de monitoramento e difusão de avisos e alertas agrometeorológicos desenvolvido pela Epagri/Ciram.
A tecnologia foi implementada nas regiões pelos extensionistas e pesquisadores da Epagri que atuam no Projeto Soja, através de uma parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e Embrapa Soja, que há vários anos trabalham com um modelo parecido e com excelentes resultados.
“Com o projeto espera-se que ao longo do tempo o número de técnicos e agricultores engajados com a tecnologia aumente de acordo com observação dos resultados obtidos”, afirma Donato.