Se essa tendência continuar, no final de 2008, o Estado terá uma das menores taxas de autorizações de supressão, desde 2000. O balanço demonstra que, após a edição do Projeto Ambiental Estratégico “Desmatamento Zero”, já se pode notar a queda no total de áreas autorizadas para corte de vegetação.
Os dados do Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DEPRN) indicam que 62% dos 952 hectares com autorização de desmatamento são de capoeira ? vegetação em inicio da regeneração com baixa diversidade de espécies.
O cerrado, bioma para o qual a concessão de autorização de eliminação está congelada pelos próximos seis meses, foi objeto de 15% das autorizações concedidas, percentual inferior ao das autorizações classificadas no item diversos (várzeas, vegetação rasteira), que ficou com 20%. Nas matas foram autorizados apenas 3% do total do semestre.
? Esse percentual corresponde a 28 hectares de mata que foram realmente desmatadas. Isso é muito pouco ? diz Xico Graziano, secretário do Meio Ambiente.
Por região do Estado, o Vale do Ribeira, com 34%, teve o maior número de autorizações concedidas, sendo 19% para as áreas de capoeira, pois esta é uma região onde a agricultura familiar é praticada de forma mais intensa. No outro extremo está a região de São José do Rio Preto com apenas 0,5% das licenças concedidas em todo o Estado.
As regiões metropolitanas de Campinas e São Paulo tiveram 17% e 15%, respectivamente, das autorizações. Em Campinas, predominaram as autorizações para áreas de cerrado e, em São Paulo, para capoeira.
Ao lado da tendência de queda de desmatamentos, o secretário enfatiza as informações do cadastro de recuperação de matas ciliares. De acordo com o Projeto Ambiental Estratégico “Mata Ciliar”, 240 mil hectares de vegetação que protegem as margens dos corpos d´água foram cadastrados, a partir da informação dos proprietários rurais, atendendo à Resolução SMA 42/07.