Agricultura

Sementeiras estão preparadas para safra 2022/23, diz Abrass

O representante da Abrass lembra que sementes certificadas são garantia de procedência, mitigando riscos sanitários

Nesta quarta-feira (16), a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass), em nota, afirmou que apesar de intempéries climáticas registradas neste ciclo, com ênfase à estiagem no Sul do país e excesso de chuvas no Cerrado
no período da colheita, o setor está aparelhado para seguir ofertando sementes para a próxima safra.

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Sementes. Foto: Daniel Popov

“Notamos em algumas regiões, quebras pontuais de algumas cultivares, sobretudo as de ciclo mais precoce, o que não impede o acesso do produtor a outras opções e o atendimento a contento ao sojicultor. Estamos falando de uma indústria a céu aberto, sujeita às influências climáticas. Ao mesmo tempo, a alta profissionalização percebida nas empresas de multiplicação de sementes nos últimos anos mantém o elo de confiança entre o produtor rural, o melhoramento genético e a biotecnologia”, afirma André Schwening, vice-presidente da Abrass.

“O agricultor tem feito esse planejamento antecipado de forma muito visível e, dentro da atual conjuntura, é uma estratégia ainda mais válida. As indústrias de sementes veem isso com bons olhos, inclusive, porque conseguem produzir com mais assertividade os materiais que de fato são desejados pelos clientes”, complementa Schwening.

O representante da Abrass lembra que semente certificada é garantia de procedência, mitigando riscos sanitários e fortalecendo a segurança alimentar. Na contramão desses benefícios, a estimativa é que em algumas regiões do país o uso de sementes não certificadas chega a 30%.

“É importante deixar claro que nós, multiplicadores de sementes, não somos contra a semente salva, que é uma garantia legal e uma faculdade que o produtor tem de produzir sua própria semente. O problema é que em vários casos e regiões essa lei é transgredida e há agricultores que usam desse subterfúgio pra comercializar sementes não certificadas, o que é proibido pela legislação. Ressalta-se que essas sementes não pagam royalties de germoplasma, não remunerando assim o melhoramento genético, talvez o principal fator de incremento de produtividade nos últimos anos. O que nós seguiremos fazendo é dialogar com transparência com toda a cadeia produtiva sobre essa problemática”, finaliza.