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Soja Brasil

Soja: após altas de quase 120%, preços dos fertilizantes será menor neste ano

No entanto, segundo analista, mesmo com produção nacional, país seguirá dependente de outros países para a aquisição do insumo

fertilizantes
Fertilizantes. Foto: Daniel Popov/Canal Rural

O produtor de soja sofreu com os custos de produção para instalar a safra 2022/23. Os fertilizantes foram os insumos que mais pesaram no bolso. Em Mato Grosso, maior produtor da oleaginosa no Brasil, os macronutrientes, como nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre, tiveram incremento de 118,9% em um ano.

Para este ano, de acordo com a consultora de Safras & Mercado, Maísa Romanello, o setor tende a trabalhar com patamares de preços menores. “O mercado de fertilizantes vem mostrando sinais de reequilíbrio, com a situação de oferta mostrando sinais de melhora”, disse.

Segundo ela, a guerra na Rússia neste ano impactou ainda mais o cenário de preços no mercado de fertilizantes, que atingiu patamares de preço recordes no primeiro semestre deste ano em meio a sanções impostas a fornecedores russos. O conflito também acabou trazendo problemas no fornecimento de gás natural da Rússia aos demais países da Europa, ocasionando, em consequência, uma elevação nos preços dos insumos nitrogenados.

Preços começam a trazer alívio

No que tange ao Brasil, após o pico de preços dos fertilizantes em abril, que fizeram com que a relação de troca entre o milho e a soja atingisse o pior cenário dos últimos anos, com a necessidade de quase 70 sacas de milho para a obtenção de 1 tonelada de MAP (fosfato monoamônico), Maísa afirma que o movimento de queda nas cotações que passou a ser observado com o recuo na demanda começa a trazer um pouco de alívio aos produtores, muito embora os preços ainda estejam em patamares bem maiores se comparados à média registrada nos últimos anos.

A consultora destaca que, diante das preocupações em torno de uma possível queda no fornecimento com a guerra entre Rússia e Ucrânia, o Brasil adotou uma estratégia de antecipar as importações de fertilizantes no primeiro semestre deste ano. Com isso, a tendência é de que haja um declínio nas aquisições nos próximos meses, o que deve fazer com que o volume adquirido pelo país neste ano seja inferior ao registrado em 2021.

Produção nacional de fertilizantes

Mesmo com produção nacional, país continuará dependente de outros países. Foto: Divulgação/USDA

Maísa sinaliza que, a longo prazo, a produção de fertilizantes pelo Brasil tende a aumentar, apoiada pelo Plano Nacional lançado neste ano e pelas melhorias de infraestrutura que vem sendo realizadas nos portos. No entanto, de uma forma geral, o país seguirá dependente de outros países para a aquisição de fertilizantes por conta de sua necessidade de demanda elevada.

Porém, a consultora ressalta que o Brasil sinalizou alguns avanços interessantes, como a busca por biofertilizantes, setor que cresceu mais de dois dígitos no país, uma vez que os produtores têm buscado por inovações e por alternativas frente aos fertilizantes minerais, especialmente após a grande escalada nos preços internacionais. “O setor de biofertilizantes deve crescer bastante nos próximos anos”, conclui.

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