O mercado brasileiro de soja teve preços mistos nesta quarta-feira (19). O dólar teve alta expressiva, porém Chicago caiu.
Apesar disso, houve registro de bons negócios em Rio Grande e em Paranaguá. Estes, em contratos com entrega em junho, com melhores cotações.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 143.
Na região das Missões, a cotação estabilizou em R$ 142.
No Porto de Rio Grande, o preço subiu de R$ 146 para R$ 148.
Em Cascavel, no Paraná, o preço se manteve em R$ 134.
No porto de Paranaguá (PR), a saca seguiu em R$ 145.
Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 125,00 para R$ 124,50.
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos.
O sentimento de maior aversão ao risco no mercado financeiro global e o clima favorável ao início do plantio da oleaginosa nos Estados Unidos pressionam o mercado, com os investidores aproveitando para realizar lucros.
A expectativa de manutenção de uma política monetária austera nos Estados Unidos está pressionando as bolsas internacionais e o petróleo e dando sustentação ao dólar. O cenário indica maior proteção nos investimentos e há fuga das commodities agrícolas.
A soja também sente o impacto negativo do desempenho dos grãos vizinhos, trigo e milho.
A aparente retomada do corredor de exportações da Ucrânia está determinando perdas para os cereais e a soja também sente o impacto negativo.
Para amanhã, atenções voltadas para o relatório semanal de exportações. O mercado aposta em número entre 225 mil e 550 mil toneladas.
Em relação ao clima nos Estados Unidos, apesar de algumas indicações de temperaturas baixas e chuvas, o que poderia atrasar o plantio, até o momento não há obstáculos concretos para o avanço dos trabalhos. E esse foi outro fator de pressão sobre as cotações.
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 12,75 centavos ou 0,83% a US$ 15,06 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,78 3/4 por bushel, com perda de 12,25 centavos de dólar ou 0,82%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 6,60 ou 1,43% a US$ 452 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 55,16 centavos de dólar, com perda de 0,37 centavo ou 0,66%.