O mercado brasileiro de soja teve mais um dia de preços regionalizados e de poucos negócios. Os referenciais para a formação dos preços tiveram mais um dia volátil, com Chicago subindo no início do dia, mas sem sustentar a cotação. O dólar também oscilou bastante, permanecendo na casa de R$ 5,50. Os produtores seguem focados no plantio.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos seguiu em R$ 171,00
– Região das Missões: a cotação permaneceu em R$ 170,00
– Porto de Rio Grande: o preço baixou de R$ 174,00 para R$ 173,50
– Cascavel (PR): o preço subiu de R$ 168,50 para R$ 170,00 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca avançou de R$ 173,00 para R$ 174,00
– Rondonópolis (MT): a saca estabilizou em R$ 164,00
– Dourados (MS): a cotação passou de R$ 161,00 para R$ 162,00
– Rio Verde (GO): a saca recuou de R$ 165,00 para R$ 164,00
Comercialização da soja
A comercialização da safra 2020/21 de soja do Brasil envolve 89,2% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 8 de outubro. No relatório anterior, com dados de 1 de setembro, o número era de 85,9%.
Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 98,4% e a média de cinco anos para o período é de 91,8%. Levando-se em conta uma safra estimada em 137,19 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 122,39 milhões de toneladas.
No período, a comercialização evoluiu um pouco melhor, mas o total negociado da safra 20/21 ficou abaixo do percentual de igual período do ano passado e da média para o período. Os produtores seguem retraídos, negociando apenas o necessário durante os melhores momentos.
As vendas antecipadas da safra 2021/22 estão atrasadas na comparação com o ano passado, mas perto da média de cinco anos. Levando-se em conta uma safra de 142,24 milhões de toneladas, Safras estima uma comercialização antecipada de 28,1%, envolvendo 39,99 milhões de toneladas. No início de agosto, o número era de 25,6%
Em igual período do ano passado, o número era de 52,9% e a média dos últimos cinco anos é de 28,4%.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos, mudando de direção na parte da tarde e determinando desvalorização de 0,28 na semana para a posição novembro. A perspectiva de bom avanço para a colheita nos Estados Unidos pressionou as cotações.
Na maior parte da sessão, o mercado encontrou suporte na alta do petróleo e de óleos vegetais. Na Malásia, o óleo de palma bateu recorde. Além disso, há expectativa de retomada da demanda chinesa, após o prolongado feriado. Mas o movimento perdeu força na parte da tarde, também por pressão técnica.
Para a próxima semana, as expectativas se voltam para o relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na terça, 12.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 4,25 centavos de dólar por bushel ou 0,34% a US$ 12,43 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 12,54 1/4 por bushel, com perda de 4,00 centavos ou 0,31%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 0,60 ou 0,18% a US$ 318,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 61,51 centavos de dólar, baixa de 0,55 centavo ou 0,88%.
Câmbio
O dólar comercial encerou a sessão em alta de 0,01%, sendo negociado a R$ 5,5160 para venda e a R$ 5,5140 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4760 e a máxima de R$ 5,5320. Na semana, o dólar comercial registrou alta de 2,76%.