Soja Brasil

Soja: preços ficam estáveis no país; dólar e Chicago afastaram negociadores

Mercado segue preocupado com a situação das lavouras na América do Sul

O mercado brasileiro de soja travou nesta sexta e os preços seguiram nominais e perto da estabilidade nas principais praças do país. Dólar e Chicago trilharam caminhos diferentes e afastaram os negociadores. O produtor centra atenções nos trabalhos iniciais de colheita.

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos permaneceu em R$ 186,50

– Região das Missões: a cotação seguiu em R$ 185,50

– Porto de Rio Grande: o preço estabilizou em R$ 185,50

– Cascavel (PR): o preço subiu de R$ 177,00 para R$ 177,50 a saca

– Porto de Paranaguá (PR): a saca ficou em R$ 183,00

– Rondonópolis (MT): a saca permaneceu em R$ 164,00

– Dourados (MS): a cotação seguiu em R$ 167,00

– Rio Verde (GO): a saca estabilizou em R$ 164,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira (21) com preços mais baixos, reduzindo a boa valorização acumulada na semana. Um movimento de realização de lucros – ajudado pela maior aversão ao risco no exterior – determinou as perdas. Mas
as boas exportações semanais seguraram a queda.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2021/22, com início em 1 de setembro, ficaram em 671.000 toneladas na semana encerrada em 13 de janeiro. Representa um recuo de 9% frente à semana anterior e uma elevação de 1% sobre a média das últimas quatro semanas. A
China liderou as importações, com 797.000 toneladas.

Para a temporada 2022/23, foram mais 528 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 700 mil e 1,4 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O mercado segue preocupado com a situação das lavouras na América do Sul. A persistente estiagem deve prejudicar ainda mais o potencial produtivo e reduzir a oferta mundial.

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 11,50 centavos de dólar por bushel ou 0,8% a US$ 14,14 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 14,23 por bushel, com perda de 11,50 centavos ou 0,8%.

Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 8,10 ou 2,02% a US$ 392,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 63,00 centavos de dólar, com alta de 0,12 centavos ou 0,19%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em 5,455, com ganho de 0,7%. A moeda foi impulsionada hoje pelas especulações em torno da definição da política monetária dos Estados Unidos – o Federal Reserve (Fed) divulga suas ações na quarta que vem – e pela preocupações com o quadro fiscal brasileiro. Na
semana, a moeda recuou 1,76%.