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Soja Brasil

Soja: crise política e greve de caminhoneiros mantêm preços estáveis

Expectativa sobre relatório a ser publicado nesta sexta, 10, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a respeito da safra norte-americana também afetou cotações

Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nesta quinta, dia de negócios pontuais. A definição dos preços ocorreu antes da queda final do dólar, após a nota apaziguadora do presidente Jair Bolsonaro. “Os preços poderão assimilar essa queda do dólar amanhã”, alerta o analista de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Desta forma, a comercialização seguiu restrita, com os agentes cautelosos, diante da crise institucional, da paralisação parcial dos caminhoneiros e do relatório de amanhã do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Veja as cotações nas principais praças:

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos permaneceu em R$ 171,00

– Região das Missões: a cotação ficou em R$ 170,00

– Porto de Rio Grande: o preço aumentou de R$ 174,00 para R$ 175,00

– Cascavel (PR): o preço passou de R$ 170,50 para R$ 171,50 a saca

– Porto de Paranaguá (PR): a saca subiu de R$ 175,00 para R$ 176,00

– Rondonópolis (MT): a saca avançou de R$ 168,00 para R$ 169,00

– Dourados (MS): a cotação aumentou de R$ 159,00 para R$ 160,00

– Rio Verde (GO): a saca estabilizou em R$ 162,00

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. Na véspera do relatório de setembro do USDA, os agentes seguiram se posicionando, apostando em elevação nas previsões
para safra e estoques norte-americanos.

O mercado também segue sendo pressionado pela perspectiva de problemas nos embarques americanos, ainda em decorrência dos estragos provados pela passagem do furacão Ida. A baixa do petróleo  completou o cenário de baixa.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,363 bilhões de bushels em 2021/22. Em agosto, a previsão ficou em 4,339 bilhões de bushels. No ano passado, a produção foi de 4,135 bilhões.

Para os estoques, o mercado aposta em estimativa de 178 milhões. Em agosto, o USDA indicou estoques em 155 milhões de bushels. A previsão para 2020/21 deverá passar de 160 milhões para 166 milhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 96,9 milhões de toneladas, contra 96,2 milhões estimados em agosto. Para 2020/21, a previsão deverá baixa de 92,8 milhões para 92,5 milhões de toneladas.

Projeção

Quanto à safra brasileira em 2020/21, o mercado indica número de 136,7 milhões de toneladas, um pouco abaixo dos atuais 137 milhões previstos. Para a Argentina, a aposta é de corte de 46 milhões para 45,9 milhões de toneladas.

Amanhã pela manhã, o USDA vai divulgar ainda as vendas líquidas semanais. O mercado espera número entre 900 mil e 1,6 milhão de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 9,00 centavos de dólar por bushel ou 0,7% a US$ 12,70 1/2 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 12,78 3/4 por bushel, com perda de 10,00 centavos ou 0,77%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 0,10 ou 0,02% a US$ 337,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 56,19 centavos de dólar, perda de 1,40 centavo ou 2,43%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 1,84%, sendo negociado a R$ 5,2270 para venda e a R$ 5,2250 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1940 e a máxima de R$ 5,3340.

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