Os custos de produção da soja geneticamente modificada em Mato Grosso tiveram alta de 24,41% entre setembro de 2020 e igual período deste ano. A conclusão é do relatório mensal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgado na última sexta-feira, dia 15.
Isso significa que enquanto no nono mês de 2020 o sojicultor precisava desembolsar R$ 4.170,11 por hectare para instalar a lavoura, em setembro deste ano o custo saltou para R$ 5.187,93. O arrendamento de terra foi o principal vilão dessa equação, mas outros fatores contribuíram fortemente.
O cenário de alta de custos no estado líder de produção de soja no Brasil foi puxado, também, pela assistência técnica: de R$ 29,45 para R$ 44,18, acréscimo de 50,04%.
O preço da semente de cobertura também representou incremento expressivo na produção da lavoura mato-grossense. Os dados do Imea apontam que em setembro de 2020, o produtor pagava, em média, R$ 21,97 por hectare e no mês passado, tinha de arcar com R$ 32,28, alta de 46,90%. O seguro da produção também teve importante alta, saindo de R$ 15,76 para R$ 21,15, elevação de 34,23%.
Como foi destacado no início, o arrendamento de terra foi o principal fator que alavancou os custos de produção da soja em setembro, com alta de 63,34%, partindo de R$ 172,52 para 281,79 por hectare.
Ainda assim, todos esses desafios – somados aos atrasos das entregas de insumos – não têm desencorajado o produtor, que segue em ritmo acelerado de plantio. Segundo cálculo do Imea atualizado no último dia 15, Mato Grosso já estava com 45,06% da soja semeada. Em igual período do ano passado, o índice era de apenas 6% de áreas instaladas. A umidade do solo tem contribuído para a instalação acelerada da lavoura.