A demanda chinesa pela soja norte-americana decepcionou o mercado, que começou o dia atento, o que motivou quedas nos contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a venda de 1,13 milhão de toneladas por parte dos exportadores privados para a China, com entrega na temporada 2018/2019. O volume é considerado ainda tímido por boa parte do mercado.
Algumas estimativas indicavam que a China compraria um volume bem mais acentuado, em torno de 10 milhões de toneladas. Até o momento, as sinalizações estão bem abaixo desse patamar. Por isso os agentes preferiram por realizar lucros, após bater no maior nível em seis meses na sessão da quarta-feira.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2018/2019 ficaram em 792,3 mil toneladas na semana encerrada em 6 de dezembro. Representa uma perda de 11% frente a semana passada e ficou 25% superior à média das últimas quatro semanas. O maior comprador foi a Holanda, com 140,6 mil toneladas. Para 2019/2020 foram outras 3.000 toneladas.
Analistas esperavam entre 900 mil a 1,15 milhão de toneladas, somando as duas safras.
SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Janeiro/2019: US$ 9,07 (-13 cents)
- Março/2019: US$ 9,20 (-12,75 cents)
Brasil
O mercado brasileiro de soja teve uma quinta-feira de preços pouco alterados. A forte queda na Bolsa de Chicago combinada com a alta do dólar determinou este comportamento para as cotações no país. Não houve negociações em volume relevante no dia.
SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Passo Fundo (RS): R$ 79,50
- Cascavel (PR): R$ 75
- Rondonópolis (MT): R$ 70
- Dourados (MS): R$ 76
- Santos (SP): R$ 81
- Paranaguá (PR): R$ 81
- Rio Grande (RS): R$ 81
- São Francisco (SC): R$ 82
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Milho
O grão fechou com preços em baixa na Bolsa de Chicago após sessão volátil nesta quinta-feira. Depois de reabrir em queda, avaliando o desempenho das vendas líquidas semanais de milho norte-americano, o mercado reverteu e operou em alta durante parte do dia, sustentado pelo otimismo quanto à retomada de negócios dos Estados Unidos com a China no milho, a exemplo do que já ocorreu com a soja. No fim da sessão, as fracas vendas dos EUA pesaram negativamente.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as vendas líquidas norte-americanas para a temporada comercial 2018/2019 ficaram em 903,2 mil toneladas na semana encerrada em 6 de dezembro. Representa uma baixa de 23% frente a semana passada e é 14% inferior à média das últimas quatro semanas. O maior importador foi o Japão, com 608,4 mil toneladas. Para 2019/2020, foram mais 161,4 mil toneladas.
Analistas esperavam entre 850 mil a 2 milhões de toneladas, somando-se as duas temporadas.
MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 3,84 (-1 cent)
- Maio/2019: US$ 3,91 (1 cent)
Brasil
O mercado brasileiro manteve preços estáveis nesta quinta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari, o mercado segue com ritmo lento nos negócios, diante das dificuldades envolvendo fretes, feriados adiante e com armazéns parando ante as festividades de final de ano.
As atenções e preocupações com o clima, com a falta de chuvas em algumas regiões, limitam também as negociações, com o produtor reticente.
MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Rio Grande do Sul: R$ 39
- Paraná: R$ 33,50
- Campinas (SP): R$ 40
- Mato Grosso: R$ 21,50
- Porto de Santos (SP): R$ 38
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 37,50
- Porto de São Francisco (SC): R$ 37,50
- Veja o preço do milho em outras regiões
Café
O mercado brasileiro de café teve uma quinta-feira de preços pouco alterados e ritmo lento na comercialização. Apesar da alta do arábica em Nova York e do dólar firme, a impressão é que o mercado já está se acomodando e desenhando o patamar para o final do ano, diz a consultoria Safras & Mercado. A base de compra mantém as referências e o mercado se descola um pouco da bolsa.
CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 425 a R$ 430
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 430 a R$ 435
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 345 a R$ 350
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 305 a R$ 308
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Nova York
A Bolsa de Nova York para o café arábica encerrou as operações com preços mais altos. Segundo traders, o mercado deu sequência ao movimento de recuperação técnica do dia anterior. Após recentes perdas, com o mercado se aproximando da linha de US$ 1 a libra-peso, houve sinais de sobrevenda e de que havia mesmo chance de atividades de cobertura de posições vendidas, de reação técnica.
O consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, destacou que o mercado ficou “achatado demais” e sujeito a essas correções. “Existe um potencial corretivo de curto prazo, dado o excesso de baixa. Mas enquanto tiver uma oferta muito maior que demanda é difícil imaginar uma subida mais consistente nos preços”, adverte.
CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO
- Março/2019: US¢ 104,10 (+1,05 cent)
- Maio/2019: US¢ 107,20 (+1,10 cent)
Bolsa de Londres
Pela 12ª sessão seguida, as cotações do café robusta caíram na bolsa internacional. O mercado novamente foi pressionado pelos fundamentos baixistas.
A ampla oferta global pesa sobre as cotações, com Brasil e Vietnã colhendo safras recordes e com outras origens vindo com boas ofertas também. Tecnicamente, o mercado vai testando patamares cada vez mais baixos.
CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA
- Janeiro/2019: US$ 1.477 (-US$ 22)
- Março/2019: US$ 1.504 (-US$ 18)
Boi gordo
Nas regiões onde a oferta de boiadas terminadas melhorou esta semana, os frigoríficos conseguiram alongar as escalas de abate, abrindo espaço para ofertas abaixo das referências e pressionando as cotações para baixo no fechamento de quinta.
Como exemplo, em Campo Grande (MS), a queda foi de 0,3% na comparação dia a dia e as programações atendem, em média, nove dias na região.
Por outro lado, vimos um maior número de praças pecuárias com altas nas cotações da arroba do boi gordo, refletindo a dificuldade das indústrias em adquirir matéria-prima neste fim de ano.
No sudeste de Mato Grosso, a valorização foi de R$ 1,50 por arroba frente ao fechamento anterior. Desde o início do mês o acréscimo foi de 1,5%.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, os preços subiram novamente, resultado da melhoria da demanda. O boi casado de animais castrados está cotado, em média, a R$ 10,22 por quilo, o que significa alta de 0,7%.
BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA
- Araçatuba (SP): R$ 150
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 146
- Goiânia (GO): R$ 139
- Dourados (MS): R$ 143
- Mato Grosso: R$ 130 a R$ 135,5
- Marabá (PA): R$ 134
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,90 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 151,50
- Paragominas (PA): R$ 139,5
- Tocantins (sul): R$ 134
- Veja a cotação na sua região
Dólar e Ibovespa
O dólar fechou o pregão desta quinta-feira, dia 13, cotado em R$ 3,880 para venda, alta de 0,72%. Na quarta, dia 12, a moeda norte-americana encerrou em forte queda de 1,76%, valendo R$ 3,8521, menor valor desde 8 de outubro, dia seguinte ao primeiro turno das eleições. No acumulado do ano, o dólar tem uma valorização de 16%.
O Banco Central manteve a política tradicional de swaps cambiais, sem ofertas extraordinárias de venda futura da moeda.
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão em alta de 0,99%, com 87.837 pontos. As ações das principais companhias, chamadas de blue chips, mantiveram a tendência de valorização, com Petrobras em alta de 0,26%, Vale com mais 0,46%, Itaú subindo 1,76% e Bradesco fechando em alta de 2,64%.
Previsão do tempo para sexta-feira, dia 14
Sul
Uma nova frente fria se forma próxima ao Rio Grande do Sul. Junto com uma área de baixa pressão atmosférica na Argentina e a umidade que vem da região Norte, ela mantém o risco de temporais acompanhados de granizo e descargas elétricas nas áreas de fronteira com Uruguai e sobre a porção central do estado.
A chuva será forte, volumosa, com rajadas de vento de 70 km/h, e o tempo ficará fechado, com bastante nebulosidade na maioria do Rio Grande do Sul.
Entre Santa Catarina e Paraná, as pancadas seguem isoladas e com baixo volume. As temperaturas sobem gradualmente em todo o Sul do país. aumentando a sensação de calor.
Sudeste
Sexta-feira de tempo instável em grande parte do Sudeste, muito por conta da passagem da frente fria que já se afasta da costa e por influência dos ventos em altitude, que transportam umidade para todos os estados.
Apenas no norte de Minas Gerais, o tempo será firme por influência de uma massa de ar seco, porém a nebulosidade aumenta ao longo do dia. Em contraponto, no sul mineiro a chuva será volumosa, podendo causar transtornos.
No interior paulista, as pancadas seguem fracas e com baixo volume, acontecendo somente entre a tarde e a noite. As temperaturas seguem em elevação, principalmente no interior paulista e norte mineiro.
Centro-Oeste
As instabilidades seguem predominando nos três estados do centro do país. No norte de Mato Grosso há possibilidade para a formação de temporais com chuva bastante volumosa.
Em Goiás há possibilidade para transtornos devido à chuva e à queda de granizo. Em Mato Grosso do Sul, a chuva só acontece a noite, de forma isolada e com baixo volume.
Nordeste
A massa de ar seco se espalha ainda mais pelo interior do Nordeste, ganhando força. Assim, o tempo firme predomina entre todo o interior da Bahia até o centro-oeste de Pernambuco, passando por Alagoas e Sergipe.
Nas áreas da faixa leste e do norte da região, as pancadas acontecem de forma bastante irregular e com baixo volume de água. No litoral norte, o céu fica com bastante nebulosidade.
O dia será quente e abafado, com temperaturas em elevação, principalmente nas áreas do interior, onde não chove e o dia ensolarado predomina.
Norte
A chuva continua em todos os estados do Norte, com previsão para pancadas a qualquer hora do dia. Os acumulados serão maiores em Rondônia e no Amazonas, combinado com o calor que ainda persiste em todos os estados.
Entre o Amapá, norte do Pará e do Amazonas, o tempo fica fechado e com chuva.