O esmagamento de soja argentina no primeiro bimestre da safra 2022/23 foi o menor em 15 anos, com 6,37 milhões de toneladas, apesar da terceira edição do câmbio diferenciado para produtores de soja, dizem analistas do Bolsa de Valores de Rosário (BCR).
Na safra 2007/08, o processamento da oleaginosa atingiu 6,10 milhões de toneladas devido a preocupações com Resolução 125 do governo de Cristina Kirchner, que alterou a comercialização da oleaginosa.
A partir da terceira edição do dólar soja, que culminou na arrecadação de US$ 5,086 bilhões, surge a dúvida sobre as medidas que tanto o governo argentino quanto a indústria vão tomar para obter o grão necessário para suprir as necessidades mínimas.
Nesse sentido, o volume de importações temporárias bateu recorde de 2,616 milhões de toneladas, o dobro do máximo anterior da campanha 2020/21.
Produção de soja na Argentina
A quebra de safra de soja na Argentina tem sido anunciada desde os estádios de desenvolvimento do grão.
Levantamento da consultoria Datagro mostra que, por causa do clima irregular, a área colhida no país vizinho caiu para apenas 13,5 mi de ha, 16% a menos do que na temporada 2021/22.
Já a produção está avaliada em 21,5 mi de toneladas, 50% inferior ao ciclo passado e 57% abaixo da estimativa inicial – o pior resultado argentino desde 1999/00.