As lavouras de soja em Maringá, no noroeste do Paraná, estão sofrendo com o déficit hídrico e devem ter perdas consistentes de produtividade. Segundo o engenheiro agrônomo da Integrada Cooperativa Agroindustrial, Gilson José Fagion, o rendimento está estimado entre 1.500 e 2.100 quilos por hectare. “Inicialmente, eram esperados 3.500 quilos por hectare”, relata.
As precipitações, quando ocorrem, são irregulares na região, como aconteceu nesta última terça-feira (4). “Têm chuvas previstas da última segunda até a próxima sexta-feira, mas esporádicas”, frisa o entrevistado, acrescentando que a situação não se normaliza.
Seca em Júlio de Castilhos
A situação também está complicada no município de Júlio de Castilhos (RS), onde as perdas de produtividade da soja já são estimadas entre 20% e 30%. A área plantada totaliza 104,7 mil hectares e a expectativa inicial era de 60 sacas por hectare.
Segundo o engenheiro agrônomo da Cotrijuc, Felipe Mello, muitas lavouras já tem quebra irreversível. Ele alerta que a situação pode piorar se o município não receber chuvas suficientes nos próximos dias. A previsão aponta para precipitações apenas nos dias 14 e 15 de janeiro.
Por lá, as lavouras se dividem entre as fases de desenvolvimento vegetativo (25%), floração (50%) e desenvolvimento de vagem (25%).