O desenvolvimento das lavouras de soja em Patos de Minas, no centro-oeste de Minas Gerais, está mais lento na safra 2021/22 em razão do quadro elevado de chuvas registrado na região, de acordo com a Emater local.
Segundo o engenheiro-agrônomo Oswaldo Ferreira Filho, os 35 mil hectares cultivados com a oleaginosa estão em floração, apresentando um atraso de cerca de 15 dias em relação a outros anos devido à falta de luminosidade enfrentada pelas plantas por conta dos dias seguidos de precipitações.
“É água que não pára mais. Desde 23 de dezembro choveu todos os dias na região. A boa notícia é que a chuva deve dar uma trégua a partir de sexta-feira (14), com o tempo permanecendo firme por cinco ou seis dias”, observa.
O engenheiro comenta que entre o começo de outubro e 10 de janeiro o volume acumulado de chuvas no município chegou a 850 milímetros, mais da metade do volume previsto para todo o ano. “Apesar do ciclo mais lento, as lavouras estão em boas condições, livres de problemas como mofo branco e ferrugem asiática na maior parte da região. O que atrapalha é a aplicação de fungicidas, que está parada há mais de 15 dias”, ressalta.
A colheita de soja, cujo rendimento esperado gira ao redor de 3.700 quilos por hectare (61,6 sacas), está previsto para iniciar a partir da segunda metade de fevereiro, o que pode atrasar um pouco a janela de plantio de milho segunda safra e de sorgo.