A terça-feira (8) foi marcada pelo comportamento regionalizado dos preços no mercado físico brasileiro de soja. Chicago recuou e o dólar andou de lado. Os produtores seguiram retraídos, focando nas lavouras e aguardando o relatório de quarta-feira (9) do USDA. Poucos negócios foram registrados.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos ficou em R$ 204,00
– Região das Missões: a cotação permaneceu em R$ 203,00
– Porto de Rio Grande: o preço seguiu em R$ 200,00
– Cascavel (PR): o preço aumentou de R$ 193,50 para R$ 195,00 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca avançou de R$ 198,50 para R$ 200,00
– Rondonópolis (MT): a saca passou de R$ 185,00 para R$ 183,00
– Dourados (MS): a cotação recuou de R$ 190,00 para R$ 189,00
– Rio Verde (GO): a saca estabilizou em R$ 183,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em baixa. O dia foi de realização de lucros, com os agentes buscando um melhor posicionamento frente ao relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A correção foi limitada pelo clima seco no sul do Brasil e demais países da América do Sul e por novas vendas anunciadas por parte dos exportadores privados americanos. Desta vez foram 332 mil toneladas para destinos não revelados e 132 mil toneladas para a China.
O Departamento deve reduzir a sua estimativa para os estoques finais de soja dos Estados Unidos em 2021/22. Além disso, as previsões de safra do Brasil e da Argentina também deverão ser revisadas para baixo. O relatório de fevereiro do Departamento será divulgado na quarta, 9, às 14hs.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques de 314 milhões de bushels em 2021/22. Em janeiro, a previsão ficou em 350 milhões de bushels. No ano passado, a estoques foram de 257 milhões.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 91,3 milhões de toneladas, contra 99,9 milhões estimados em janeiro.
Para o Brasil, o USDA deve indicar safra de 133 milhões de toneladas para 2021/22, bem abaixo dos 139 milhões previstos em janeiro. A produção argentina deverá ser indicada em 44,2 milhões, acima dos 46,5 milhões indicados no relatório de janeiro.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 12,75 centavos de dólar por bushel ou 0,8% a US$ 15,69 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 15,72 1/2 por bushel, com perda de 13,75 centavos ou 0,86%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 1,30 ou 0,28% a US$ 454,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 63,35 centavos de dólar, com baixa de 1,99 centavo ou 3,04%.
Câmbio
O dólar fechou em R$ 5,26, com alta de 0,15%. O driver do dia foi a ata mais hawkish (dura, propensa ao aumento dos juros) do Comitê de Política Monetária (Copom), além da queda global no preço das commodities.