Com Chicago e dólar em direções opostas – e com variações bem marcantes – o mercado brasileiro
de soja teve mais um dia de poucos negócios e de preços regionalizados e nominais. Os produtores seguem retraídos e, hoje, os compradores também se afastaram.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos recuou de R$ 207,00 para R$ 205,00
– Região das Missões: a cotação baixou de R$ 206,00 para R$ 204,00
– Porto de Rio Grande: o preço caiu de R$ 207,00 para R$ 206,00
– Cascavel (PR): o preço estabilizou em R$ 193,50 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca seguiu em R$ 199,00
– Rondonópolis (MT): a saca seguiu em R$ 179,00
– Dourados (MS): a cotação permaneceu em R$ 187,00
– Rio Verde (GO): a saca subiu de R$ 179,00 para R$ 187,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira (22) com preços em forte alta. O mercado retomou do feriado norte-americano desta segunda (21), encerrando perto das máximas do dia, impulsionado por uma combinação de fatores.
O clima seco na América do Sul continua sendo fator de sustentação, com as contas sobre o tamanho da safra da região sendo refeitas todos os dias. Hoje os contratos ainda foram impulsionados pelo desempenho do petróleo, que subiu entre 2% e 4% ao longo do dia, reflexo das preocupações com as tensões geopolíticas na Ucrânia.
A preocupação com possíveis interrupções das vendas de trigo e milho da região do Mar Negro também sustentou os mercados vizinhos, ajudando na alta da oleagino. As altas no trigo beiraram 5%.
Completando o cenário positivo, há a forte demanda pela soja americana. As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 975.102 toneladas na semana encerrada no dia 17 de fevereiro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 1.160.320 toneladas.
O USDA anunciou ainda a venda de 132 mil tonelada por parte de exportadores privados para a China, com entrega programada para 2022/23.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 33,50 centavos de dólar por bushel ou 2,09% a US$ 16,35 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 16,35 por bushel, com ganho de 31,50 centavos ou 1,96%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 5,10 ou 1,14% a US$ 450,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 70,06 centavos de dólar, com alta de 2,45 centavos ou 3,62%.
Câmbio
O dólar comercial fechou em queda de 1,05%, cotado a R$ 5,0510. A moeda norte-americana perdeu durante toda a sessão, influenciada pelo intenso fluxo estrangeiro na bolsa e alta global das commodities.