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Soja Brasil

Soja: preços no Brasil em queda puxados pela Bolsa de Chicago

Mercado internacional segue na expectativa pela publicação do relatório de março do USDA nesta quarta-feira, às 14h (horário de Brasília)

soja custos produção - argentina
Preços da soja no Brasil. Foto: Arquivo

Os preços da soja recuaram nesta terça-feira (7) no mercado brasileiro. A comercialização seguiu calma, com registro apenas de negociações pontuais. A queda de Chicago suplantou o impacto positivo da elevação do dólar. A queda dos prêmios também impacta sobre os referenciais.

Veja as cotações da soja disponível

  • Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos baixou de R$ 169,00 para R$ 168,00

  • Região das Missões: a cotação recuou de R$ 168,00 para R$ 167,00

  • Porto de Rio Grande: o preço da soja caiu de R$ 176,00 para R$ 174,00

  • Cascavel (PR): baixou de R$ 164,00 para R$ 163,00

  • Porto de Paranaguá (PR): a saca da soja caiu de R$ 170,00 para R$ 169,00

  • Rondonópolis (MT): desvalorizou de R$ 157,00 para R$ 156,00

  • Dourados (MS): recuou de R$ 155,00 para R$ 154,00

  • Rio Verde (GO): o preço da soja caiu de R$ 150,50 para R$ 148,50

Soja na Bolsa de Chicago

Foto: Pixabay

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais baixos. O desempenho de outros mercados e a expectativa com o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aprofundaram as perdas, em dia de realização de lucros.

A aversão ao risco aumentou após o presidente do banco central americano, Jerome Powell, ter indicado que a política de juros do país seguirá austera. O petróleo e as bolsas caíram, enquanto o dólar subiu. A cautela atingiu também as commodities agrícolas.

Além dos dados do USDA, o mercado seguirá de olho nas lavouram sul-americanas. A estiagem comprometeu o potencial produtivo na Argentina e no Rio Grande do Sul. Apesar de atrasada, a colheita no restante do Brasil avança e os sinais são de uma produção recorde, superando 150 milhões de toneladas.

O  USDA deve cortar a sua estimativa para os estoques finais dos Estados Unidos em 2022/23. O relatório de março do Departamento será divulgado nesta quarta (8), às 14h.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 219 milhões de bushels em 2022/23. Em fevereiro, a previsão ficou em 225 milhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 100,1 milhões de toneladas, contra 102 milhões previstos em fevereiro.

O USDA deve cortar a projeção de safra da Argentina de 41 milhões para 36,3 milhões de toneladas, reflexo da prolongada estiagem naquele país. Para o Brasil, a aposta é que a produção tenha sua previsão mantida em 153 milhões de toneladas.

Contratos futuros

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 13,50 centavos ou 0,88% a US$ 15,15 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 15,04 3/4 por bushel, com perda de 12,00 centavos de dólar ou 0,79%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 5,60 ou 1,13% a US$ 487,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 58,66 centavos de dólar, com perda de 1,79 centavo ou 2,96%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,54%, sendo negociado a R$ 5,1940 para venda e a R$ 5,1920 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1540 e a máxima de R$ 5,2050.

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