Os preços da soja tiveram comportamento regionalizado nesta sexta, em patamares nominais. Poucos negócios foram realizados, com os produtores de fora do mercado e acompanhando de perto o desenvolvimento das lavouras, afetadas pelo clima seco.
Chicago teve bons ganhos, ultrapassando a casa de US$ 14,00. Em contrapartida o dólar caiu bem.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 183,00 para R$ 184,00
– Região das Missões: a cotação avançou de R$ 182,00 para R$ 183,00
– Porto de Rio Grande: o preço passou de R$ 187,00 para R$ 188,00
– Cascavel (PR): o preço seguiu em R$ 176,50 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca estabilizou em R$ 182,00
– Rondonópolis (MT): a saca ficou em R$ 171,00
– Dourados (MS): a cotação permaneceu em R$ 170,00
– Rio Verde (GO): a saca passou de R$ 168,00 para R$ 167,00
Soja em Chicago
Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais altos, ampliando a valorização semanal. Após um início de consolidação técnica, a previsão de clima seco na América do Sul voltou a ser fator preponderante e impulsionou os preços.
A oleaginosa reflete o clima adverso para as lavouras da América do Sul, com destaque para as previsões que apontam tempo seco na Argentina nas próximas semanas. “Se o clima continuar ruim, a tendência é os contratos do grão e farelo continuarem avançando para patamares mais elevados”, aposta o analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque. “Os próximos objetivos são US$ 14,50/bushel na soja em grão e US$ 440/tonelada no farelo nas posições março/22”, destaca.
Segundo o analista, apenas uma grande mudança climática pode mudar esta tendência. “Diante desse cenário, atenção para o travamento de compras para soja, farelo e óleo”, frisa Gutierrez Roque.
O mercado também começou a se posicionar frente ao relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na próxima quarta (12).
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 23,00 centavos de dólar por bushel ou 1,65% a US$ 14,10 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 14,18 3/4 por bushel, com ganho de 22,75 centavos ou 1,62%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 14,00 ou 3,4% a US$ 425,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 58,78 centavos de dólar, com baixa de 0,12 centavo ou 0,2%.
Câmbio
O dólar comercial fechou em R$ 5,6320, com queda de 0,82%. A moeda norte-americana ensaiou uma alta após a divulgação dos dados do payroll (um dos principais indicadores de empregos nos Estados Unidos), mas tal tendência não se confirmou e o real passou a se valorizar, tal qual seus pares emergentes.