Soja Brasil

Soja: queda do dólar segura altas mais elevadas no Brasil

Mercado está na expectativa do relatório do USDA, que deve indicar safra de 125,9 milhões de toneladas para 2021/22 no Brasil

custos soja
Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nesta sexta-feira (8) no Brasil. Apesar da queda do dólar, o bom desempenho de Chicago garantiu a recuperação. A comercialização seguiu arrastada. Na semana, Safras estima que de 300 mil a 500 mil toneladas trocaram de mãos.

  • Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 191,00 para R$ 192,50
  • Região das Missões: a cotação avançou de R$ 189,00 para R$ 190,50
  • Porto de Rio Grande: o preço aumentou de R$ 193,00 para R$ 194,50
  • Cascavel (PR): o preço aumentou de R$ 186,00 a saca para R$ 186,50
  • Porto de Paranaguá (PR): a saca subiu de R$ 192,50 para R$ 193,00
  • Rondonópolis (MT): a saca passou de R$ 171,00 para R$ 170,00
  • Dourados (MS): a cotação avançou de R$ 174,00 para R$ 174,50
  • Rio Verde (GO): a saca seguiu em R$ 170,00

Soja em Chicago

cotação preço soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em forte alta. Foi a terceira sessão de ganhos, zerando as perdas da semana e atingindo a máxima da semana, após iniciar o período no menor nível em seis meses.

O cenário financeiro seguiu dando as cartas. Após a divulgação de dados positivos da economia americana, a aversão ao risco diminuiu e o petróleo se recuperou. O dólar caiu frente a outras moedas, formando um quadro de sinais de recuperação da demanda pela soja.

Os agentes também se posicionam frente ao relatório de julho do Departamenbto de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na terça (12).

O Departamento deve reduzir a sua estimativa para a safra e os estoques finais de soja dos Estados Unidos em 2022/23. Os estoques para 2021/22 deverão ser elevados.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,515 bilhões de bushels em 2022/23. Em junho, a previsão ficou em 4,64 bilhões de bushels. No ano passado, a safra somou 4,435 bilhões de bushels.

Para os estoques finais, o mercado indica número de 214 milhões para a temporada 2022/23 e de 215 milhões para 2021/22. Em junho, a previsão do USDA era de 280 milhões e 205 milhões, respectivamente.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 99,2 milhões de toneladas, contra 110,5 milhões estimados em junho. Para 2021/22, a aposta é de estoques subindo de 86,2 milhões para 86,4 milhões de toneladas.

Para o Brasil, o USDA deve indicar safra de 125,9 milhões de toneladas para 2021/22, abaixo dos 126 milhões previstos em junho. A produção argentina deverá ser indicada em 43,3 milhões, abaixo dos 43,4 milhões indicados no relatório do mês passado.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 31,00 centavos de dólar por bushel ou 2,27% a US$ 13,96 1/2 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 14,01 1/4 por bushel, com ganho de 31,00 centavos ou 2,26%.

Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com alta de US$ 7,80 ou 1,84% a US$ 431,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 62,59 centavos de dólar, com alta de 0,97 centavo ou 1,57%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em queda 1,42%, cotado a R$ 5,2680. O movimento de correção foi potencializado pela divulgação do payroll (folha de pagamentos, um dos principais termômetros do emprego nos Estados Unidos) na manhã de hoje, reforçando a ideia de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) seguirá sua rota contracionista. Na semana, o dólar caiu 1,03%.