Os preços da soja voltaram a subir nesta quinta-feira no mercado físico brasileiro, seguindo a alta do dólar e os períodos de ganhos de Chicago, quando a posição novembro chegou a bater em US$ 13. Houve maior movimentação no mercado, com volume próximo das 250 mil toneladas que trocaram de mãos ontem.
“Paranaguá rodou soja a R$ 182,50 para embarque imediato e pagamento em fevereiro/22. Em Rio Grande também já está tendo negócio na faixa de R$ 180 para pagamento no fim do ano ou início do próximo”, destaca o analista de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 171,00 para R$ 173,00
– Região das Missões: a cotação avançou de R$ 170,50 para R$ 172,00
– Porto de Rio Grande: o preço aumentou de R$ 175,50 para R$ 177,00
– Cascavel (PR): o preço passou de R$ 170,50 para R$ 172,00 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca subiu de R$ 176,50 para R$ 177,00
– Rondonópolis (MT): a saca avançou de R$ 173,00 para R$ 173,50
– Dourados (MS): a cotação aumentou de R$ 162,00 para R$ 163,00
– Rio Verde (GO): a saca seguiu em R$ 166,00
Chicago e a soja
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mistos, perto da estabilidade. Em dia volátil, as primeiras posições encerraram em leve alta e as mais distantes recuaram.
Os agentes optaram por consolidar uma tendência, com base em fatores técnicos e depois dos contratos baterem no maior patamar em três semanas. Sinais de demanda sustentaram algumas posições. Outras sentiram o impacto da pressão sazonal exercida pela proximidade do início da colheita nos Estados
Unidos.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2021/22, com início em 1 de setembro, ficaram em 1.264.200 toneladas na semana encerrada em 9 de setembro. A China liderou as importações, com 945.200 toneladas. Para a temporada 2022/23, foram mais 2 mil toneladas. Os
analistas esperavam exportações entre 600 mil e 1,5 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas.
Após os cancelamentos de ontem, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou uma venda de 132 mil toneladas por parte de exportadores privados para a China.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 1,50 centavo de dólar por bushel ou 0,11% a US$ 12,96 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 13,04 3/4 por bushel, com ganho de 1,25 centavo ou 0,09%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 4,50 ou 1,32% a US$ 344,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 56,84 centavos de dólar, baixa de 1,53 centavo ou 2,62%.
Câmbio
O dólar fechou em R$ 5,2660, com alta de 0,67%. Esta elevação deve-se ao temor de uma desaceleração mais forte na China e aos índices positivos dos Estados Unidos. No âmbito interno, as já habituais incertezas fiscais continuam preocupando o mercado e enfraquecendo o real.