O mercado brasileiro de soja teve um dia de bastante movimento, apesar da volatilidade nos preços.
Ao mesmo tempo em que Chicago teve alta firme, os prêmios caíram, o que gerou momentos melhores para as cotações, em especial nos meses mais à frente, como julho e agosto. Com os portos ainda cheios, há pouco espaço para o mês de junho.
Conforme analistas de Safras & Mercado, “facilmente” foram negociadas mais de 100 mil toneladas
no país nesta quinta-feira (15). Só no Rio Grande do Sul, o movimento ficou entre 50 mil e 70 mil
toneladas.
Confira os preços da saca de 60kg:
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 130 para R$ 131
- Região das Missões: valorizou de R$ 129 para R$ 130
- Porto de Rio Grande: cresceu de R$ 137 para R$ 139
- Cascavel (PR): aumentou de R$ 120 para R$ 121
- Porto de Paranaguá (PR): avançou de R$ 132 para R$ 133
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 113 para R$ 115
- Dourados (MS): baixou de R$ 118 para R$ 117
- Rio Verde (GO): teve elevação de R$ 111 para R$ 113
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em forte alta.
As preocupações com o clima seco no cinturão produtor norte-americano e o desempenho do mercado financeiro impulsionaram as cotações, que atingiram os melhores níveis desde abril.
Os boletins indicam poucas chuvas e temperaturas elevadas. Em meio ao mercado de clima, os agentes optaram por adicionar prêmio às cotações, temendo comprometimento no potencial produtivo.
Os investidores basearam suas compras também no desempenho do mercado financeiro. As ações tiveram forte alta, assim como o petróleo. O dólar recuou, em meio a um quadro de menor aversão ao risco. Commodities de exportação dos Estados Unidos, como a soja, tiveram um dia de ganhos generalizados.
A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa, na sigla em inglês) informou que o esmagamento de soja atingiu 177,915 milhões de bushels em maio, ante 173,232 milhões no mês anterior. A expectativa do mercado era de 175,8 milhões.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram em 478.400 toneladas na semana encerrada em 8 de junho. Para a temporada 2023/24, foram mais 48,5 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 300 mil e 900 mil toneladas, somando-se as duas temporadas.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 40,00 centavos ou 2,88% a US$ 14,28 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 12,92 1/2 por bushel, com ganho de 52,25 centavos de dólar ou 4,21%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com ganho de US$ 4,50 ou 1,15% a US$ 394,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 58,43 centavos de dólar, com alta de 2,47 centavos ou 4,41%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,22%, sendo negociado a R$ 4,803 para venda e a R$ 4,801 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,795 e a máxima de R$ 4,824.