Distribuição de fertilizantes em taxa variável e utilização de microorganismos benéficos. Essas foram algumas das estratégias utilizadas pelo produtor rural Eder Leomar dos Santos para alcançar 114,80 sacas por hectare e vencer a categoria sequeiro, pela Região Sul, na última edição do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, organizado pelo Cesb.
De acordo com o sojicultor, na propriedade Granja V.P.S, localizada na cidade de Camaquã, Rio Grande do Sul, foram utilizadas variedades mais produtivas nas áreas em que o solo já é melhor naturalmente ou já está mais corrigido, deixando variedades mais rústicas para áreas que ainda precisam de maior correção.
“Cada propriedade tem suas particularidades, de solo, clima e relevo. O produtor tem que saber identificar dentro de cada realidade as técnicas de manejo que mais se adaptam a sua área”, pontua o produtor.
Santos enfatiza que a cultura da soja tem grande plasticidade, podendo ser produzida nas mais diversas condições de clima, relevo e tipo de solo. “A preocupação com a qualidade do solo onde será implantada a cultura é a principal característica que serve para qualquer cultivo em qualquer região. Então nossa primeira preocupação é estar sempre melhorando todos os atributos do solo, para que a cultura possa expressar completamente seu potencial”, afirma.
Qualidade física do solo
Além da condição de fertilidade, com correção com calcário, distribuição de fertilizantes em taxa variável e utilização de microorganismos benéficos, o sojicultor afirma que a qualidade física desse solo, para que as plantas não tenham impedimento no crescimento radicular, é importantíssima.
“Nas características mais específicas de cada área, procuramos trabalhar com as variedades e manejos que são mais adequadas à nossa realidade, colocando variedades mais produtivas nas áreas em que o solo já é melhor naturalmente ou já está mais corrigido, deixando variedades mais rústicas para áreas que ainda precisam de maior correção”.
Ele ainda enfatiza que a qualidade da análise do solo para implementar as correções necessárias é o que permite mais assertividade na distribuição dos nutrientes. “Assim, alcança-se o equilíbrio necessário tanto para melhorar as produtividades quanto para não aumentar o custo em áreas que necessitem menor reposição”.
Uso de tecnologia na soja
O produtor campeão do Cesb afirma que a tecnologia tem sido uma fundamental aliada para o aumento de produtividade e redução de custos em sua propriedade.
Conforme ele, isso abrange desde a simples utilização de piloto automático para alinhar melhor o plantio até a distribuição adequada de sementes com corte de seção linha a linha, assim como sensores que permitem identificar as quantidades de falhas, plantas duplas ou triplas no momento da execução do plantio, permitindo ao operador ajustes de velocidade e outras regulagens que melhorem a distribuição na hora que o problema está acontecendo.
“A precisão maior em cada processo, devido a tecnologia, permite uma melhoria em todos os processos, eliminando cada vez mais os erros comuns que acabavam acontecendo porque as decisões estavam muito dependentes só da percepção do operador. Do plantio até a colheita, a tecnologia tem evitado desperdícios de tempo, produtos e melhorado a qualidade dos serviços”, considera.