Stephanes aponta prioridades para agricultura no segundo semestre

Correção do Código Florestal será uma das medidas tomadas pelo governoO ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, fez, nesta sexta, dia 7, um balanço das prioridades para o setor no segundo semestre de 2009. Otimista, ele considera o cenário para a agricultura bem melhor do que as previsões feitas no fim do ano passado e lembrou que a desvalorização do real superou muito a queda das cotações internacionais, o que estimulou o crescimento da exportação, que foi de 4,5%, nos primeiros quatro meses.

? O saldo continuará positivo em 2009, pois o Brasil é o maior exportador líquido de produtos agrícolas do mundo e o valor das exportações é seis vezes o valor das importações ? previu o ministro.

Stephanes espera encontrar uma solução para a correção de erros no Código Florestal que, segundo ele, está levando insegurança às áreas da agricultura consolidada no país. Para ele, todo esforço é para avançar na elaboração de uma proposta que congregue amplo acordo entre os setores produtivo e ambiental e o governo.

O projeto de rastreabilidade do gado no Pará deve estar pronto até o fim do ano. O ministro informou que será a contribuição do ministério para o desmatamento zero, em função do avanço da pecuária. Ele lembrou que tem sido bastante incisivo ao dizer que não é preciso que se derrubem mais árvores na Amazônia para garantir o crescimento da agricultura. Para ele, o país tem áreas suficientes ocupadas por pastagens que podem ser reaproveitadas.

Stephanes disse que decisões terão que ser tomadas para o sucesso na Política Nacional de Fertilizantes. Para ele, o Brasil não pode ser o grande país do agronegócio exportador, um grande fornecedor de alimentos para o mundo, importando mais de 75% dos fertilizantes. Com isso, estrategicamente, precisa se colocar também como um bom produtor. Entre as prioridades do governo estão: a construção de usinas de nitrogenados para a produção de ureia, a exploração das jazidas de fósforo, já em condições, a pesquisa das jazidas em Mato Grosso e um marco regulatório para exploração das jazidas de potássio em Nova Olinda, no Amazonas.

O ministro informou que irá acompanhar a aprovação, até o fim do ano, do Fundo de Catástrofe e a elaboração de uma nova política de crédito, preço e seguro. Vale ressaltar que é só a elaboração, ela não entra em vigor em curto prazo. O fundo vai ter inicialmente um valor de R$ 5 bilhões. A princípio, aporte de recursos do governo, que pode ser via títulos públicos e depois, com os anos, esse fundo vai se sustentar por meio da participação de todos os envolvidos.

Já as regras do plano do governo federal para apoiar a próxima safra foram consideradas adequadas pelo ministro. Para ele, a gestão deve ser feita no sentido de que as decisões, efetivamente, aconteçam em tempo e em volume esperado pelos produtores.