O uso de insumos biológicos tem ganhado espaço nas lavouras. Em uma propriedade de soja em Baixa Grande do Ribeiro, no cerrado do Piauí, a ferramenta trouxe diminuição no valor gasto com defensivos agrícolas. Desta forma, alcançou uma redução de cinco sacas por hectare no custo de produção.
Por lá, a colheita do grão iniciou em 13 de fevereiro e está no terço final da operação. A média produtiva alcançada foi de 63 sacas por hectare. O clima da região e o uso de biológicos foram os ingredientes que contribuíram para os números positivos desta safra.
“Tivemos a primeira ideia [de uso de biológicos] entre 2018 e 2019, em que começamos com pequenos testes em caixas d’água, algo bem caseiro, e vimos a oportunidade de crescer dentro deste setor. A partir disso, focamos profissionais nesta área e foi quando surgiu a primeira biofábrica dentro da companhia”, conta o gestor da Fazenda Ipê, Guilherme Júnior.
A fazenda é uma das propriedades do Grupo Insolo, que mantém a temperatura do laboratório em 26°C para garantir a eficiência na multiplicação da bactéria. O processo de fabricação dura 48 horas, desde a matéria prima até a finalização do produto. A capacidade industrial é de 24 mil litros a cada dois dias. Desta forma, o uso é destinado ao combate de pragas e doenças ou mesmo na adubação.
“Nosso sistema biológico traz benefício de custo, sendo de três a cinco sacas menor em termos de custo, combate todas as pragas e doenças maiores do cultivo de forma eficiente. Então temos resultados de produtividade similares dos campos de químicos. Isso nos fez aumentar o programa e a área de cultivo”, explica o diretor-presidente do Insolo, Flávio Inoue.
Atualmente, dos 100 mil hectares plantados entre soja e milho, 25% da produção é feita totalmente com bioinsumos. No entanto, 100% da área utiliza biológicos em alguma fase da planta.