Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja do Rio Grande do Sul havia solicitado, em março deste ano, a antecipação em dez dias dos períodos de vazio sanitário e do calendário de semeadura do grão no estado.
O pedido foi atendido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta segunda-feira (26).
Agora, o período em que é proibido manter plantas vivas da oleaginosa em território gaúcho passa a ser de:
- 3 de julho a 30 de setembro
Assim, o calendário de semeadura é permitido entre:
- 1 de outubro a 18 de fevereiro de 2024
O Rio Grande do Sul passou a incorporar, pela primeira vez, o vazio sanitário em 2022, adotando, a princípio, o intervalo entre 13 de julho a 10 de outubro e a permissão de plantio de 11 de outubro a 28 de fevereiro, conforme a Portaria nº 516 do Ministério.
De acordo com a Câmara Setorial da Soja, o pedido de antecipação da data de semeadura visa trazer mais segurança climática ao produtor, principalmente os localizados no noroeste do Rio Grande do Sul, região de divisa com a Argentina. Assim como o país irmão, os gaúchos sofreram com a estiagem na produção de soja nas últimas safras.
Vazio sanitário reduz os riscos
O vazio sanitário foi instituído pelo Mapa como uma das medidas fitossanitárias para o controle da ferrugem da soja, com pelo menos 90 dias sem a cultura e plantas voluntárias no campo.
O Ministério também definiu o calendário de semeadura da soja como medida fitossanitária complementar para racionalização do número de aplicações de fungicidas e redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do agente causal da doença.