No primeiro pregão de 2021, os preços da soja na Bolsa de Chicago iniciaram o ano com valorização de 2%, um cenário que já era esperado por analistas. Ainda assim, muitos enxergam a possibilidade para novas altas nas cotações internacionais, onde os fatores fundamentais do mercado seguirão ditando os preços.
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“A tendência é de alta em Chicago por série de fatores, como a demanda forte de soja pela China, o clima ruim na América do Sul e os estoques apertados nos Estados Unidos. Os americanos já exportaram ou esmagaram mais de 90% da estimativa anual do Departamento de Agricultura (USDA), e estamos falando apenas de quatro meses do ano comercial”, diz Tarso Veloso, diretor da ARC Mercosul.
Segundo Veloso, o clima será determinante para novas altas. “O nível de preços vai depender do quanto o clima continuar adverso na América do Sul. Se tivermos mais problemas com o La Niña, como a ocorrência de veranicos em Mato Grosso, por exemplo, com certeza os preços em Chicago ficarão acima dos US$ 14 o bushel”.
Além do aspecto climático, o relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado na próxima semana, também pode trazer mudanças para o mercado de soja, reforça o diretor da ARC.