Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira em queda. Foi a sétima sessão seguida de perdas, acentuadas pela renovada tensão comercial entre Estados Unidos e China.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que vai aumentar de 10% para 25% as tarifas a US$ 200 bilhões em bens importados da China, e anunciou novas taxas a produtos antes isentos, citando que as negociações comerciais estão avançando muito lentamente.
“Há 10 meses, a China tem pagado tarifas para os Estados Unidos de 25% sobre US$ 50 bilhões de alta tecnologia, e de 10% sobre US$ 200 bilhões em outras mercadorias. Esses pagamentos são parcialmente responsáveis por nossos excelentes resultados econômicos. Os 10% vão até 25% na sexta-feira”, disse ele, em publicação ontem no Twitter.
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O quadro negativo para as cotações se intensificou com a ameaça de Trump. A oferta global ampla e a fraca demanda chinesa pela soja americana já vinham pressionando o mercado. Além disso, o atraso no plantio nos Estados Unidos aumenta a possibilidade de transferência de área para a oleaginosa.
Na próxima sexta, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai divulgar o relatório de maio, com os primeiros dados para a temporada 2019/20.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 12,00 centavos de dólar por libra-peso ou 1,42%, a US$ 8,30 1/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 8,36 1/2 por bushel, com perda de 12,50 centavos de dólar por libra-peso ou 1,44%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 1,60 ou 0,53%, sendo negociada a US$ 296,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 27,13 centavos de dólar, com perda de 0,22 centavo ou 0,8%.