Uma das principais preocupações da agricultora para a formação da lavoura foi com o solo. Veja sua história
Sebastião Garcia, de Capão Bonito
Muito já se comentou sobre alguns produtores que, ao participarem do Desafio Nacional de Máxima Produtividade realizado pelo Comitê Estratéico Soja Brasil (CESB), conseguiram produtividades médias impensáveis para a maioria dos sojicultores do país. Pois bem, a cada temporada não só a média colhida nos talhões separados para o desafio aumenta, mas também a produção de toda a área comercial. Como isso é possível? A agricultora Elizana Baldissera Paranhos, explicará como conseguiu superar a marca de 120 sacas por hectare no concurso e mais de 70 sacas na média da área comercial.
Na fazenda de Elizana, em Capão Bonito (SP), o recorde atingido foi de 122,99 sacas de soja por hectare. Foi a maior produtividade para áreas não irrigadas da região Sudeste do país, na temporada 2014/2015.
Abertura Nacional da Colheita der Soja 2016/2017
Para atingir a produtividade, a sojicultora, que também possui mestrado na Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tokio (Nokodai) e administra as propriedades da família há 13 anos conta que o primeiro ponto a ser verificado é a fertilidade do solo, corrigindo o perfil para que as raízes ganhem profundidade.
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O segundo ponto destacado é a compactação de solo. “Temos um solo bastante argiloso, de 35% a 70% de argila. Com um trabalho bastante importante de formação de massa, plantio direto e tráfego de máquinas, melhoramos este ponto e conseguimos resultados fantásticos”, diz Elizana.
Feito isso, ela comentou que o restante foi ajustes finos, com atenção aos detalhes, como aplicação de agroquímicos, regulagem de maquinários e treinamento de pessoal. “Os detalhes fazem toda a diferença. Eu sempre brinco com meus funcionários dizendo que aqui o sistema é feminino, ou seja, quero tudo sempre bem feito, com atenção. A mulher é assim, a mãe é assim”, brinca.
Claro que produzir 122 sacas por hectare, em uma área de 10 hectares, é diferente de plantar em grandes terrenos. Mas, o que ela conseguiu na média da fazenda é para se orgulhar, mais de 70 sacas por hectare. Ou seja, 10 sacas a mais que a média da região, e 20 a mais que a média nacional.
As inscrições para o Desafio Nacional de Máxima Produtividade do CESB terminaram no último dia 15 de janeiro, mas a preparação para a próxima safra já começa após o plantio da soja dete ano. Os interessados em participar da próxima temporada, 2017/2018 podem acessar o site do CESB para saber exatamente como se preparar antes e quem sabe se tornar o novo vencedor do desafio, com uma média comercial ainda melhor que as obtidas hoje.
