Na última safra, Estado enfrentou preços baixos e quebra de 17% na produção; outra preocupação são os nematoides no oeste paulista
Roberta Silveira | Cândido Mota e Platina (SP)
São Paulo produziu na última safra cerca de 1,5 milhão de toneladas, o que representou quebra de 17% na produção paulista. O principal motivo foi a estiagem do início de 2014. Para 2015, apesar das dificuldades, a safra mostra bom crescimento e os preços também estão melhores.
– Nós chegamos a comercializar a saca abaixo dos R$ 50,00. Hoje, o preço está próximo de R$ 60,00, essa foi a diferença que percebemos – explica o presidente da Cooperativa dos Produtores de Cândido Mota (Coopermota), Edson Valmir Fadel.
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Em São Paulo, o plantio da soja também atraso, como em boa parte do país. Por causa disso, muitos produtores vão desistir do milho segunda safra. O produtor Cláudio Segateli é um exemplo, ele vai cultivar a aveia branca. Um pouco por causa do clima, que vai ficando desfavorável para a safrinha do grão, mas principalmente pelo seguro agrícola, que só pode ser feito com milho cultivado até 10 de março.
– Se tiver plantando, você não tem direito a seguro e, se perder, o risco é todo seu – ressalta o produtor.
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Acompanhamos o esforço de Segateli para garantir o crescimento da lavoura sem a necessidade do replantio. A soja na propriedade dele precisou de ajuda para emergir. A planta não conseguia quebrar a crosta de terra que se formou depois da chuva. O sojicultor agiu para evitar perda de sementes.
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– Nós estávamos quebrando a casca do solo para a semente nascer. Como choveu 38 mm, o solo compactou, aí precisamos dar essa ajuda – comenta.
Cláudio Segateli só conseguiu semear a soja no final de novembro. Um atraso de quase dois meses, porque o produtor do município de Platina preferiu esperar pelas chuvas.
Preocupação com nematoides
Segateli também faz rotação de cultura com a crotalária. O objetivo é diminuir a incidência de uma praga de solo muito comum no oeste de São Paulo: o nematoide.
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– Nós temos nematoides de galha, e os produtores têm na sua área. O produtor precisa fazer uma análise, fazer o manejo correto, rotação de culturas e utilizar produtos para amenizar o problema – explica o engenheiro agrônomo da Coopermota, José Roberto Gonçalves Massud.
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