Nas regiões sul, central e leste do Estado de Goiás, as máquinas começam a deixar os galpões. O reparo nas plantadeiras já terminou e só faltam os ajustes finais na hora da semeadura. Semente de soja estocada e demais insumos à disposição. O produtor está ansioso, mas o tempo ainda exige cautela.
Por coincidência o dia em que terminou o vazio sanitário acabou também o período de estiagem em Goiás. A chuva que caiu diminuiu a seca, mas não foi suficiente para o produtor lançar as sementes no solo.
Na região de Bela Vista, no centro do Estado, o produtor Luciano Ferreira, ainda recebe a ultima remessa de adubo esperando iniciar os trabalhos nos próximos dez dias. Ele vai ocupar mil hectares, 115 a mais em relação a safra passada. Em metade da área vai ser plantada a soja precoce e no restante uma variedade tardia.
? A gente vem aumentando um pouco a cada ano e o ano passado foi bom para agricultura. Foi um ano que tivemos uma rentabilidade razoável. Então vamos aumentando devagarzinho, que o objetivo é ter uma maior rentabilidade, melhor gestão do negócio, esse é o foco ? relata o produtor.
Este ano o custo vai ficar mais alto por causa do investimento em mais tecnologia. A fazenda calcula um aumento de 15% em relação a safra anterior.
? O que mais pesou para a gente foi o custo do adubo, que teve uma elevação. Está certo que aumentamos a fórmula um pouco, mas não justifica ? afirma o gerente da fazenda, Cláudio Ferreira de Souza.
O produtor já conseguiu fazer a venda antecipada de 20% da produção. Se a lavoura responder bem ao investimento a boa expectativa vai ficar por conta do mercado.
? Vimos no ano passado até esse ano a demanda aumentando. Estamos com um nível maior de exportação de grãos e vemos esse mercado em expansão, essa demanda crescente. Hoje, essa tecnologia que tem, com lavoura pecuária, a gente vê um mercado promissor e uma rentabilidade melhor ? observa Ferreira.