Sojicultores de Mato Grosso defende barreiras contra a produção em áreas ilegais

Setor teme danos que moratória possa causar a quem cultiva o grão na Amazônia de acordo com a leiEm Mato Grosso as lideranças da classe produtora comentaram a renovação da moratória da soja. O setor defende a manutenção de barreiras contra a produção em áreas desmatadas ilegalmente, mas critica eventuais danos que o pacto possa causar à imagem de quem cultiva o grão na Amazônia de acordo com a lei.

Um aliado a mais na busca pela sustentabilidade da produção agrícola de Mato Grosso. Assim o secretário de Meio Ambiente do Estado, Vicente Falcão, definiu a renovação da moratória da soja, que passa a ter validade até 31 de janeiro de 2013.

? Do ponto de vista órgão ambiental é mais uma ferramenta para que o produtor rural venha buscar regularização, para que seu produto não se encontre de maneira ilegal ? afirma.

O compromisso, renovado nesta quinta, dia 13, foi criado há cinco anos com o objetivo de boicotar a soja produzida em terras de novos desmatamentos ilegais na Amazônia.

A Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) manifestou apoio parcial à medida. Para a entidade, que também defende a produção sustentável, ano a ano a moratória só está confirmando que não há abertura ilegal de novas áreas no Estado. Entretanto teme que a renovação do pacto possa criar uma imagem distorcida da atividade rural naquela região, prejudicando agricultores que atuam dentro lei.

? Por exemplo, se tenho propriedade de mil hectares e se a lei brasileira me dá o direito de abrir a propriedade, se tenho certidão para abrir, não tem como contestar. Moratória tem que ser contra desmatamento ilegal. O desmatamento legal não pode ser contestado. Sou contra desmatamento ilegal. O Estado tem que ajudar a comercializar a produção de regiões que foram abertas legalmente ? opina o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira.