Solução para movimento em Santos é desvio para Paraná, diz sindicato

De acordo com o presidente do Sindasp, o Porto de Santos foi "vendido" aos produtores de grãos como solução mais barata e viável para o escoamento da safraO presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (Sindasp), Valdir Santos, afirmou nesta terça, dia 2, que a solução para acabar com as filas de caminhões nas estradas paulistas que chegam ao Porto de Santos é desviar o tráfego para o Porto de Paranaguá (PR) ou até mesmo para o Porto de Rio Grande (RS). De acordo com ele, o Porto de Santos foi "vendido" aos produtores de grãos como solução mais barata e viável para o escoamento da safra, mas que, na verdade, não tem infraestrut

– Santos tem capacidade de armazenamento muito pequena, enquanto Paranaguá tem mais condições para exportar grãos – destacou.

Para a safra de 2013/2014, ele alerta que, “se não houver um desvio dos caminhões para Paranaguá, o paulistano pode esquecer a praia em Santos e no Guarujá nos finais de semana”.

Além dos dois portos do Sul, o presidente do sindicato citou outros que teriam condições de aliviar o movimento em Santos. Um deles é o Porto de Vitória que, segundo ele, teve o movimento de carga reduzido pela metade depois do fim da Guerra dos Portos, que unificou tarifas de importação entre os Estados.

– O fim da Guerra dos Portos também atraiu mais mercadorias para Santos – apontou.

Segundo ele, existe demora de dois a três dias para que um contêiner seja retirado de um terminal em Santos e isso contribui para o movimento no porto.

– A Receita Federal tem conseguido liberar a carga em um dia, mas o contêiner demora até três dias para deixar o terminal.

Santos afirmou que, da chegada até a retirada do navio do porto, a demora fica entre cinco e seis dias, atualmente. 

Os problemas com logística para escoar a supersafra deste ano, no entanto, atingem os grandes terminais de exportação brasileiros. Em Paranaguá, a situação não é diferente. Motoristas chegam a aguardar oito dias para descarregar suas cargas. A previsão é de que em abril o movimento seja ainda mais intenso.

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Agência Estado