Até agora já foram contabilizados quase 2700 focos de calor no Estado segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os incêndios ilegais avançaram por mais de 217 mil hectares utilizados pela agropecuária. Outros 535 mil hectares de vegetação nativa também foram atingidos.
? Esta queimada sempre deve ser feita após a autorização do órgão ambiental. Esta é a queimada legal. O que temos percebido ao longo dos anos é que também ocorrem queimadas durante o período proibitivo (julho a outubro) quando é configurado o crime ? relata Paulo Serbija, Superintendente de Fiscalização da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA/MT).
Para que o fogo avance e tome grandes proporções, não é preciso muito. A combinação tempo quente, matéria orgânica seca e ventos fortes é o combustível ideal, soma que levou Mato Grosso a registrar em 2010 a maior quantidade de queimadas dos últimos anos. Foram mais de 254 mil focos considerando todos os satélites monitorados pelo INPE. Este ano foram 2691 ocorrências, 46% a menos que no mesmo período do ano passado.
? Mesmo assim a gente se preocupa com a questão do incêndio florestal para a chegada do período proibitivo, porque é o período quando o clima contribui para o aumento dos focos de queimada ? relata o coordenador de Gestão do Fogo da Defesa Civil do Estado do MT (CGF), Ten. BM Jean Oliveira.
Para evitar que o cenário do ano passado volte a se repetir este ano a palavra de ordem é conscientização. As autoridades já trabalham a campo orientando a população, ressaltando que caso seja necessário iniciar uma queimada controlada antes do período proibitivo, entre os meses de julho e outubro, é preciso solicitar a licença à Secretaria de Meio Ambiente e, é claro, respeitar todas as normas de segurança à risca.
? Os proprietários devem se organizar, fazer os aceiros, contratar profissionais ? reforça Serbija.