– O sorgo sacarino é de origem do continente africano. A diferença para o sorgo granífero é que ele tem teor de sacarose, com porte de três metros de altura. É possível produzir álcool, açúcar e cachaça – afirma.
O diretor comercial Erno Barbosa da Costa relata que a alternativa é adaptável à realidade dos diferentes climas.
– Na região de clima tropical, o plantio ocorre de outubro a novembro. Fazemos o etanol de fevereiro a março, quando a usina está parada – aponta.
Oswado Tanimoto é fornecedor de cana-de-açúcar. Ele conta ter produziu no último ano 10 mil toneladas. Agora, ele investe no sorgo sacarino para melhorar a renda e diversificar a produção. Tem 13 hectares com irrigação, porque produz sementes. Em sua propriedade, técnicos mediram e calcularam uma produção de mais de 50 toneladas por hectare.
– Logo no começo, quando a usina precisa de matéria-prima para fazer etanol, o fornecedor de cana pode introduzir logo após a colheita de soja e fornecer no início de abril para maio. Eu já estou pensando na cachaça e no álcool para microdestilarias e confinamento de boi no futuro – revela.
O bagaço pode ser servido direto no cocho para alimentação do gado. A produção de etanol é menor, mas, de acordo com o agrônomo José Roberto Menezes, o custo por hectare de é um terço do investimento em cana-de-açúcar. A previsão é que para a safra 2012/2013, as usinas possam moer a produção de 100 mil hectares de sorgo sacarino.
– O Brasil é o país da fotossíntese e a agroenergia é a grande fronteira para as próximas décadas. O sorgo é mais uma dessas opções com uma série de vantagens agronômicas, sociais e tecnológicas. Estou confiante nesta variedade e no desenvolvimento de novas que virão a partir da implantação deste novo sistema de produção integrada, alimento, fibra e energia – salienta.