O governo de São Paulo criou nesta sexta-feira (24) um comitê para combater o greening, praga que afeta os pomares de laranja no estado.
O grupo reunirá representantes de cinco secretarias estaduais, além de produtores e representantes do setor da citricultura.
O objetivo do comitê é discutir e coordenar as ações de combate à doença, que já atinge 38,06% das laranjeiras de São Paulo e Minas Gerais.
O greening é causado por uma bactéria e disseminado por um inseto. Uma vez que a planta é contaminada, não é mais possível eliminar a bactéria, que pode se alastrar pelo pomar por meio do inseto transmissor.
O comitê deverá propor políticas públicas, diretrizes, critérios e procedimentos para o controle da doença.
“O Comitê Estadual de Combate ao Greening foi criado para que a gente possa trabalhar de forma unida. Assim, simplificamos as ações e agimos em conjunto para combater esse problema que pode afetar de maneira muito séria a nossa economia e o agronegócio paulista”, afirma o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.
O colegiado será composto por representantes das secretarias de Agricultura e Abastecimento; de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística; da Casa Civil; da Fazenda e Planejamento; e de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Entre as atribuições do comitê, está a articulação entre o poder público e representantes das cadeias produtivas, visando disseminar práticas, tecnologias e ações de controle e prevenção da praga.
“Todas essas ações visam estabelecer uma situação de controle e combate contínuo contra a ameaça do greening, uma praga que representa uma séria ameaça para a citricultura. Essa abordagem é fundamentada na expertise e cooperação das Câmaras Setoriais e Temáticas”, conforme destaca José Carlos de Faria Jr., coordenador das Câmaras Setoriais e Temáticas da Agricultura.
São Paulo é o maior produtor de laranjas do país.
Segundo a Fundecitrus, a citricultura paulista exporta U$ 2 bilhões por ano. São cerca de 9,6 mil propriedades que geram 200 mil empregos no estado.