Com um investimento inicial de US$ 7 milhões, a Stara vai iniciar a produção de pulverizadores e implementos para aplicação de fertilizantes, na unidade da Pauny, em Córdoba, a partir do primeiro semestre de 2012. Os produtos que serão destinados ao mercado doméstico e à exportação eram, até o momento, importados do Brasil. No primeiro ano, a Stara projeta uma produção de 100 máquinas, das quais 60% serão para o mercado argentino. E, em cinco anos, a empresa espera chegar a 800 unidades, 250 para o mercado doméstico e o restante para exportação.
A partir do próximo ano, a Stara iniciará a produção dos tratores no Brasil, com tecnologia Pauny, informa a empresa em seu site. Para isso, projeta a construção de uma nova unidade fabril com 30.000 metros quadrados, destinada exclusivamente para este segmento. A unidade terá cerca de 500 colaboradores diretos.
A empresa argentina, por sua vez, investirá US$ 5 milhões para aumentar em 25% sua produção local de tratores e transmissores que serão exportados ao mercado brasileiro e comercializados pela Stara. Durante os primeiros dois anos, a Pauny prevê a fabricação de 2 mil tratores por ano para exportar ao Brasil.
Para a ministra Giorgi, o acordo é “um exemplo de integração produtiva que permite aprofundar a relação comercial bilateral e, fundamentalmente, torná-la mais sustentável”. A Argentina acumula um déficit comercial com o Brasil de US$ 2,5 bilhões, nos primeiros seis meses de 2011, e deve fechar o ano com o saldo negativo em torno de US$ 6,5 bilhões. Do déficit, US$ 452 milhões dizem respeito ao setor de máquinas e implementos, conforme dados do Ministério de Indústria do país.
Em consequência do desequilíbrio, desde janeiro a Argentina começou a barrar a entrada destes produtos em seu mercado. Por conta das barreiras, a Case New Holland anunciou investimentos de U$ 100 milhões para fabricar tratores, colheitadeiras e motores na Argentina. John Deere e Agco também estudam projetos de produção local.