? Foi lamentável e não é caso para o ministro da Agricultura. É caso de polícia, uma coisa intolerável, isso não poderia existir. Acho que o governo tem que tomar as medidas necessárias por meio de suas instituições ? afirmou Stephanes, após entrevista coletiva para comentar o primeiro levantamento da safra de grãos 2009/2010.
O ministro defendeu medidas mais enérgicas contra esse tipo de ação do MST.
? Eu acho que a polícia tinha que agir com mais rigor em relação a isso e acho que a justiça, no sentido de punir, aqueles que cometem, porque isso é um crime, é uma agressão à propriedade ? disse Stephanes.
Os integrantes do movimento derrubaram pés de laranja da Fazenda Santo Henrique, pertencente à empresa Cutrale e situada no município de Borebi, a 300 quilômetros da cidade de São Paulo. Segundo os sem-terra, a ação teve o objetivo de abrir espaço para plantação de outras culturas.
Na opinião do ministro, o incidente não deve levar o governo a encerrar a discussão sobre os índices de produtividade. Porém, a bancada ruralista pensa diferente.
Diante da repercussão negativa da invasão da fazenda da Cutrale pelo MST, as lideranças do setor rural estão mais confiantes de que o Palácio do Planalto deve atrasar a revisão dos índices de produtividade.
A atitude do MST deu fôlego à oposição no Congresso que luta para a instalação da CPI Mista para investigar o repasse de dinheiro público para o movimento. Até o final da tarde, os parlamentares já haviam conseguido mais de cem assinaturas, das 171 necessárias. No Senado, o apoio de 27 parlamentares já está garantido.