? Não descartaria que possivelmente a Petrobras participasse de um consórcio para a exploração ? disse o ministro, ao chegar à Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado para participar de audiência pública sobre o tema.
O representante do Ministério de Minas e Energia (MME) na audiência é o secretário de Geologia, Mineração e Transformação mineral, Cláudio Scliar.
O ministro evitou comentar a possibilidade de criação dessa estatal.
? Se vocês começarem a perguntar sobre isso, vou dizer que não tem estatal na história ? disse.
Ele explicou que se preocupa com o termo, porque o conceito de empresa estatal no país é ligado à produção, enquanto a necessidade do setor, de acordo com Stephanes, é apenas de coordenação.
? Precisamos de um órgão que gerencie esse processo. Pode ser uma comissão, uma secretaria, um departamento, uma companhia… ? enumerou.
O ministro voltou a dizer que o anteprojeto de lei preparado pelos ministérios de Minas e Energia e de Agricultura está pronto, bem como o documento em separado que definirá os parâmetros administrativos e políticos a serem adotados no segmento de fertilizantes.
? Além disso, há um terceiro documento que tratará do reaproveitamento de resíduos e da produção de adubos orgânico-minerais ? explicou.
Alguns senadores criticam a proposta do governo.
? Nós vamos aguardar para ver o seu formato para dar uma opinião mais clara a respeito. Mas de pronto, nós temos muita preocupação com relação ao avanço do estado, da União, do governo em cima da iniciativa privada ? disse a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu.
Os documentos serão entregues ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no próximo dia 29, segundo Stephanes. De acordo com ele, há possibilidade de o projeto ser aprovado pelo Congresso até o fim deste ano.