? As expectativas para as próximas safras dependem de questões climáticas. Mas, se estas permanecerem conforme as previsões o resultado será positivo e a agricultura pode registrar crescimento de 3% a 4% ainda este ano ? disse o ministro, em seminário sobre as perspectivas para o agribusiness, realizado pela BM&FBOVESPA.
O ministro assinalou que os efeitos da crise não foram tão significativos para a agricultura brasileira quanto se previa.
? A população mundial continua comendo e o Brasil é um dos únicos países com respostas positivas para as projeções agrícolas. Os produtores estão pensando à frente e este é o indicador
mais relevante a ser considerado.
Embora a questão do alto endividamento do setor seja recorrente, Stephanes afirmou que o assunto mais discutido nas recentes feiras e eventos voltados ao agribusiness diz respeito às alterações no atual código florestal.
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? A reformulação da legislação florestal brasileira é urgente para que as consequências não cheguem às pequenas comunidades. Se os ajustes não forem feitos, um milhão de agricultores podem abandonar suas propriedades, perdendo o direito de produzir ? disse Stephanes.
Segundo o ministro, existe uma falta de sintonia entre a legislação e a realidade do campo. Dois pontos principais precisam ser alterados: a permissão do plantio em várzeas, encostas e topos de morros em áreas já consolidadas com produção e a inclusão das áreas de conservação às margens dos rios à porcentagem exigida de reserva legal.
? As mudanças precisam ser conduzidas com racionalidade e apoio técnico-científico para que seja possível corrigir os erros do passado, quando a legislação foi formulada ? acrescentou Stephanes.
Sobre um possível acordo entre o Ministério da Agricultura e o do Meio Ambiente quanto à questão, o ministro disse esperar que todos cheguem a um consenso.
? É importante que não se escute apenas um lado, como sempre acontece. É fundamental que a sociedade também possa participar da discussão.
