Stephanes proferiu palestra sobre o assunto para o Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Cosag/Fiesp), na capital paulista, a convite do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
Stephanes lembrou ainda que a aplicação do atual código, na íntegra, tornaria inviáveis importantes polos de produção do país, como o arroz plantado em área de várzea, do Rio Grande do Sul, principal fornecedor interno do produto. Boa parte da produção de soja e de milho, principais produtos de exportação do agronegócio, também seria prejudicada com o código atual.
As discussões das mudanças no código têm sido frequentes por parte do Ministério da Agricultura e as reações dos ambientalistas contrários ao projeto também . Para o ministro Stephanes, a agricultura já consolidada no Brasil, agora, está ameaçada pelo Código Florestal de 1965. De acordo com ele, se não houver mudanças no Código Florestal, pelo menos um milhão de pequenas propriedades se tornariam inviáveis e em torno de três milhões de propriedades no Centro-Sul estariam na ilegalidade.
? Ninguém quer e não é preciso derrubar nenhuma árvore, nem no bioma amazônico e nem na mata atlântica. O que se deseja é achar maneiras de preservar, mesmo aqueles que já tenham o direito legal de derrubar, no sentido de que hajam formas deles serem compensados para que não derrubem e manter as regiões de agricultura já consolidadas.
Para especialistas do setor, com o embasamento técnico, é possível fazer as mudanças no código.
? A avaliação técnica garante ao Estado, ao organismo público e ao setor privado uma regra clara e, inclusive, mantém a defesa do Brasil quanto a ataques externos ? afirma o presidente da Cosag, Roberto Rodrigues.