? O petróleo triplicou de preço. Claro que tem influência na produção dos alimentos, porque há o custo do transporte, o custo de produção (onde entra energia) como também os adubos.
Em entrevista exclusiva ao programa Estúdio Rural, nesta quinta-feira, dia 10, Stephanes reconheceu que o aumento de produção proposto no lançamento do Plano Safra é positivo, mas pode influir apenas parcialmente na formação dos preços.
? O Brasil só pode atuar em alguns produtos. Milho, arroz e feijão, basicamente; hortigranjeiros e também nas frutas mais de perto. Mas, naquilo que é commodity internacional, dificilmente. A única forma de atuar parcialmente na questão externa é abastecer o mercado brasileiro e produzir excedente para o mercado externo.
Reinhold Stephanes alertou que a oferta de alimentos não tem crescido de forma tão rápida quanto à demanda, fortemente influenciada pelo consumo maior de alimentos em grandes economias emergentes, como China ou Índia. Na opinião do ministro da Agricultura, se a situação se mantiver, existe a possibilidade de mais aumentos de preços daqui há dois ou três anos.
De qualquer forma, o ministro da Agricultura voltou a classificar a atual crise internacional como oportunidade para o Brasil, que aumenta o volume produzido a cada safra. Segundo Stephanes, se, por um lado, há pressão inflacionária, por outro, há um impacto positivo sobre a produção.
Sobre os fertilizantes, setor no qual o Brasil é altamente dependente do produto importado, reafirmou que o país poderá se tornar, em cinco anos, auto-suficiente na produção dos derivados de fósforo e nos nitrogenados.