Não deixou de falar sobre a polêmica na definição do seu substituto. De um lado, o secretário executivo do ministério, José Gerardo Fontelles, com perfil mais técnico, e de outro, o presidente da Conab, Wagner Rossi, apontado como opção mais política. Para ele, o caminho natural seria Fontelles. Entretanto, não descartou a possibilidade de Rossi assumir.
Fiel ao roteiro que incluía um encontro com o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, e o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, Stephanes fez promessas para suas duas últimas semanas à frente da pasta, como a confirmação das alterações sugeridas para o código florestal, principal polêmica do agronegócio em 2009. Uma norma que entraria em vigor em dezembro determinava que todos produtores deveriam manter uma reserva ambiental equivalente a 20% das áreas das propriedades. A medida provocou protestos dos produtores e teve a vigência postergada.
Sperotto solicitou a liberação de R$ 175 milhões para agricultores que tiveram fazendas danificadas pelos temporais, a atuação do governo na aquisição de estoques de 300 mil toneladas de trigo e o incremento dos programas de venda do milho.
Outro tema que ocupa as últimas linhas da agenda de ministro é a definição de quanto dos R$ 5,5 bilhões do orçamento serão destinados a mecanismos de apoio à comercialização da safra. Stephanes explicou que o tema está sendo discutido com a equipe econômica e prometeu definição até o final do mês.
? Cumpri os principais pontos que queria, mas minha maior realização foi colocar a agricultura no centro do debate das questões nacionais ? disse.