? A oferta é superior à demanda e há forte pressão de baixa ? comenta Rafael Blaca, analista da agência Safras e Mercado.
Nas previsões dele, nem mesmo a demanda de virada de mês deve reverter o quadro de queda do momento.
? A expectativa é que o mercado só passe a ganhar suporte a partir do final das férias escolares, com o início do ano letivo ? diz Blaca.
No Rio Grande do Sul, o quilo vivo do suíno foi cotado a R$ 1,70 nesta quinta, dia 29, na integração, para pagamento em 14 dias, contra R$ 1,90 de início do mês. No interior do Estado, o preço recebido pelos produtores independentes ficou em R$ 1,85, patamar que repete a primeira semana de janeiro.
Em Santa Catarina, o preço praticado na integração ficou em R$ 1,70 por quilo, enquanto produtores independentes receberam R$ 1,85 pelo quilo, ante patamares de R$ 1,90 e R$ 1,80 de abertura de janeiro, respectivamente.
No Paraná, o quilo do suíno na região oeste ficou em R$ 1,85 quilo na quinta, contra R$ 1,80 da primeira semana do mês. Em Arapoti, o preço fecha o mês em R$ 1,73 para pagamento à vista, contra R$ 1,90 de abertura, enquanto no mercado livre o suíno é cotado a 1,70, queda de R$ 0,20 em relação à semana do dia 8 de janeiro.
Em Mato Grosso, o quilo vivo do suíno é cotado a R$ 2,05 em Rondonópolis, para pagamento em 30 dias.
A grande notícia para o setor no primeiro mês do ano foi o anúncio da retomada do embarque de carne de suína para o Chile. A Coopercentral Aurora divulgou nesta quinta, dia 29, que sua unidade de Joaçaba (SC) embarcará 50 toneladas do produto no dia 5 de fevereiro para aquele país. O frigorífico Mabella também teria fechado negócios por meio de sua unidade em Itapiranga (SC), mas ainda não havia divulgado até esta quinta a data do envio da mercadoria. Santa Catarina ? único Estado livre de aftosa sem vacinação ? reabre mercado após 30 anos de suspensão nos negócios. O Brasil recuperou a habilitação em outubro de 2008, mas somente para essas duas empresas catarinenses.