A intensificação das compras de novos lotes de animais para abate por parte de grandes agroindústrias integradoras, devido à expectativa de incremento nas exportações da proteína à China, impulsionou os preços do suíno vivo no mercado independente.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indica que os valores do animal já acumulam três semanas de sucessivas altas, chegando a um dos maiores patamares do ano – atrás apenas dos valores praticados em junho e julho, quando o ritmo acelerado das exportações elevou com força as cotações de todos os produtos suinícolas.
A cotação do animal vivo em Minas Gerais, medido pelo Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, já acumula alta de 11% no mês. Nesta quinta-feira, 26, o quilo do animal fechou em R$ 4,99. A praça de São Paulo também é destaque: a cotação já subiu 12% em setembro e fechou cotada em R$ 4,88 o quilo. Regiões do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina possuem alta de 5%, 6% e 7% no mês, respectivamente.
Vale lembrar que a China continua sofrendo com os impactos da peste suína africana, tendo em vista que a oferta doméstica de carne caiu drasticamente. A situação não tem previsão para se normalizar, o que mantém aquecido o mercado internacional de suínos, uma vez que o país asiático tem comprado grandes volumes de carne suína no exterior.