Através de uma parceira com a Copel, estatal de energia elétrica, o governo paranaense vai seguir o modelo de projetos similares que já desenvolveu para criadores de aves e agricultores que usam irrigação.
O programa prevê descontos de até 60% para quem usar energia elétrica nas granjas das nove da noite às seis da manhã. Para um setor que viu as exportações caírem no ano passado e funciona sem preço mínimo oficial, a redução chega em boa hora.
Os gastos com a energia elétrica costumam pesar no bolso do criador, já que ele precisa da tecnologia para aquecer os leitões e fabricar ração. A conta de luz de Nelson Guidone, que tem 400 matrizes em Arapongas, norte do Estado, é bem alta.
? Na época do calor se gasta menos, aproximadamente dois mil reais. Agora, quando chega o inverno e a gente tem que ligar todos os aquecedores, então a gente gasta uns dois mil e quinhentos, mais ou menos ? diz o suinocultor.
A suinocultura é uma das poucas atividades rurais que ainda emprega bastante mão-de-obra. Na granja de Guidone são dez famílias trabalhando.
O Paraná tem 4,5 milhões de cabeças de suínos, sendo o terceiro produtor nacional. O vice-presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), José Luiz Vicente da Silva, acredita que a ação pode ajudar a reduzir um pouco as contas do produtor.
? Na parte de leitão, que é a parte de aquecimento que você usa muita energia, ou com iluminação ou com, tapetes de aquecimento você vai ter aí uma diferença de 3 a 4% no custo ? afirma Silva.